Irons teria virado a noite em uma festa um dia antes da morte, diz revista
Companhia aérea afirma que esposa ligou 2h antes do voo Dallas/Honolulu para avisar que o surfista estava doente e não poderia embarcar no dia
Andy Irons morreu aos 32 anos (Foto: ASP)
Antes de chegar a Dallas, onde foi encontrado morto em um quarto de hotel, no dia 2 de novembro, o tricampeão mundial Andy Irons fez uma conexão em Miami e, para não perder o vôo rumo a Honolulu, no Havaí - marcado para as 6h30m do dia seguinte -, virou a noite em uma festa. A revelação foi feita pela revista americana "Go Outside", que aborda ainda os problemas que o surfista, durante boa parte da carreira, tinha com bebidas e, supostamente, substâncias ilícitas.A revista revela também que Irons, em 1999, quase morreu depois de exagerar na bebida durante uma festa na Indonésia. Foi levado a um hospital local e reanimado. Era seu aniversário de 21 anos.
As causas da morte apenas serão conhecidas depois da divulgação dos exames toxicológicos. Uma das hipóteses é que o surfista tenha morrido em decorrência de complicações da dengue. Ele estaria usando remédios com efeitos similares ao da morfina, e essa medicação, combinada indevidamente ao quadro da doença, seria fatal.
Baseada em depoimentos de amigos que não quiseram se identificar e em informações dos funcionários do hotel e do aeroporto, a revista traça os últimos passos de Irons antes da morte. Ele saiu no dia 31 de outubro de Porto Rico - onde, doente, desistiu da etapa do Mundial -, depois de contar à família e aos amigos que estava com febre de dengue (a Associação dos Surfistas Profissionais mandou um médico examiná-lo. Embora tenha sido orientado a ir a um hospital, o surfista decidiu voltar para casa).
Irons chegou a Miami na noite do dia 31, um domingo. Como o voo para Dallas era às 6h30m, ele foi com amigos a uma festa em South Beach. O surfista teria tomado alguns drinks e deixado a festa às 4h, de táxi, direto para o aeroporto.
A família de Irons disse, logo após a morte, que, na manhã do dia 1º, o surfista foi impedido de embarcar de Dallas para o Havaí. Acusou a companhia e os organizadores do campeonato de negligência, mas depois voltou atrás. A American Airlines negou. De acordo com a revista, uma pessoa que se identificou como esposa do surfista telefonou duas horas antes do embarque. Lyndie, que está grávida de oito meses, teria dito que o marido estava doente, cancelado a passagem e remarcado para o mesmo voo, no dia seguinte.
Irons chegou a Dallas, vindo de Miami, às 8h35m do dia 1º, segunda-feira. O hotel Grand Hyatt fica no terminal D do aeroporto. O surfista fez o check in às 8h47m. Abriu a porta do quarto 324 às 8h49m, comeu um chocolate, tomou uma garrafa de água e dois refrigerantes.
No dia seguinte (2 de novembro), Isaac Ambriz, segurança do hotel, foi informado que o hóspede não respondera ao despertador. Às 9h43m, Ambriz entrou no quarto. Bateu na porta, mas não houve resposta. Entrou no quarto e viu o surfista sobre a cama.
Relatos da polícia dizem que foram encontrados frascos de remédios receitados. Eles foram comprados no dia 26 de outubro, um dia antes de o surfista chegar a Porto Rico. Os resultados dos exames toxicológicos ficarão prontos daqui a cerca de dois meses.
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