quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Irons teria virado a noite em uma festa um dia antes da morte, diz revista

Companhia aérea afirma que esposa ligou 2h antes do voo Dallas/Honolulu para avisar que o surfista estava doente e não poderia embarcar no dia

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro
Arquivo - Andy Irons remandoAndy Irons morreu aos 32 anos (Foto: ASP)
Antes de chegar a Dallas, onde foi encontrado morto em um quarto de hotel, no dia 2 de novembro, o tricampeão mundial Andy Irons fez uma conexão em Miami e, para não perder o vôo rumo a Honolulu, no Havaí - marcado para as 6h30m do dia seguinte -, virou a noite em uma festa. A revelação foi feita pela revista americana "Go Outside", que aborda ainda os problemas que o surfista, durante boa parte da carreira, tinha com bebidas e, supostamente, substâncias ilícitas.
A revista revela também que Irons, em 1999, quase morreu depois de exagerar na bebida durante uma festa na Indonésia. Foi levado a um hospital local e reanimado. Era seu aniversário de 21 anos.
As causas da morte apenas serão conhecidas depois da divulgação dos exames toxicológicos. Uma das hipóteses é que o surfista tenha morrido em decorrência de complicações da dengue. Ele estaria usando remédios com efeitos similares ao da morfina, e essa medicação, combinada indevidamente ao quadro da doença, seria fatal.
Baseada em depoimentos de amigos que não quiseram se identificar e em informações dos funcionários do hotel e do aeroporto, a revista traça os últimos passos de Irons antes da morte. Ele saiu no dia 31 de outubro de Porto Rico - onde, doente, desistiu da etapa do Mundial -, depois de contar à família e aos amigos que estava com febre de dengue (a Associação dos Surfistas Profissionais mandou um médico examiná-lo. Embora tenha sido orientado a ir a um hospital, o surfista decidiu voltar para casa).
Irons chegou a Miami na noite do dia 31, um domingo. Como o voo para Dallas era às 6h30m, ele foi com amigos a uma festa em South Beach. O surfista teria tomado alguns drinks e deixado a festa às 4h, de táxi, direto para o aeroporto.
A família de Irons disse, logo após a morte, que, na manhã do dia 1º, o surfista foi impedido de embarcar de Dallas para o Havaí. Acusou a companhia e os organizadores do campeonato de negligência, mas depois voltou atrás. A American Airlines negou. De acordo com a revista, uma pessoa que se identificou como esposa do surfista telefonou duas horas antes do embarque. Lyndie, que está grávida de oito meses, teria dito que o marido estava doente, cancelado a passagem e remarcado para o mesmo voo, no dia seguinte.
Irons chegou a Dallas, vindo de Miami, às 8h35m do dia 1º, segunda-feira. O hotel Grand Hyatt fica no terminal D do aeroporto. O surfista fez o check in às 8h47m. Abriu a porta do quarto 324 às 8h49m, comeu um chocolate, tomou uma garrafa de água e dois refrigerantes.
No dia seguinte (2 de novembro), Isaac Ambriz, segurança do hotel, foi informado que o hóspede não respondera ao despertador. Às 9h43m, Ambriz entrou no quarto. Bateu na porta, mas não houve resposta. Entrou no quarto e viu o surfista sobre a cama.
Relatos da polícia dizem que foram encontrados frascos de remédios receitados. Eles foram comprados no dia 26 de outubro, um dia antes de o surfista chegar a Porto Rico. Os resultados dos exames toxicológicos ficarão prontos daqui a cerca de dois meses.

Nenhum comentário:

Postar um comentário