sexta-feira, 29 de abril de 2011

Experiente em Ba-Vi, Edilson 'Capetinha' tem seu duelo favorito

Atacante baiano não esquece do clássico de 2004, em que o Vitória conquistou o estadual em cima do arquirrival tricolor

Por Tamires Fukutani Salvador
Polêmico, irreverente, ídolo. Das embaixadinhas do Paulista de 1999 à caneta história em Karembeu, no Mundial Interclubes de 2000, os adjetivos para qualificar o atacante Edilson foram muitos. Com personalidade forte, o jogador baiano acumulou desavenças em sua história no futebol, mas nunca deixou dúvidas sobre seu poder decisivo dentro de campo. O ‘Capetinha’, como foi apelidado em sua passagem pelo Palmeiras, conquistou dois campeonatos Paulistas, um Carioca, quatro Brasileiros e um Mundial Interclubes, além do pentacampeonato com a Seleção Brasileira.
Em um currículo abarrotado de polêmicas e jogos marcantes, a conquista do tricampeonato baiano pelo Vitória, em 2004, tem um lugar especial: é o Ba-Vi inesquecível do atacante.
Edilson chegou ao Vitória naquele ano com todas as pompas dos grandes jogadores. De helicóptero, o Capetinha desceu no Barradão para sua apresentação junto com Vampeta - as maiores contratações do Rubro-negro naquela temporada. Era o retorno de Edilson a Salvador, depois de 14 anos jogando fora da Bahia.
A responsabilidade era grande, mas o jogador respondeu à altura. Com o Barradão lotado, no dia 18 de abril de 2004, o Vitória de Edilson, Vampeta e Obina levantou a taça estadual em cima do arquirrival Bahia.
- Foi uma sensação maravilhosa, porque foi o meu primeiro Baiano e eu já consegui ganhar o título. Meu primeiro ano jogando em Salvador depois de muitos anos jogando fora – contou Edilson, que teve passagens importantes por Palmeiras, Flamengo e Corinthians.
Edilson bavi inesquecível (Foto: Pedro Veríssimo/Globoesporte.com)Edilson segura quadros do Bahia e do Vitória (Foto: Pedro Veríssimo/Globoesporte.com)

A partida de ida tinha terminado 1 a 1 na Fonte Nova, mas o Leão entrou em campo na volta confiante, já que tinha a melhor campanha do Campeonato Baiano e contava com o apoio de sua torcida para decidir o torneio. Aos 40 minutos do primeiro tempo veio o gol do título: Vampeta cruzou, Obina cabeceou na trave e Arivelton aproveitou o rebote para marcar.
Em 2010, Edilson teve a chance de se redimir. Jogou o primeiro semestre pelo Bahia. Mas, já na fase final da carreira, não conseguiu evitar o título do rubro-negro.
No próximo domingo, Bahia e Vitória duelam no Barradão, às 16h (de Brasília). Dessa vez, o que está em jogo é a vaga nas finais do Campeonato Baiano. No jogo de ida, o Rubro-Negro venceu por 1 a 0, gol de Geovanni, e joga por um empate. Sem as peripécias do Capetinha, o clássico perde um personagem marcante, mas mantém a emoção.
VITÓRIA 1 x 0 BAHIA
Juninho; Pedro (Carlinhos), Marcelo Heleno, Adailton e Paulo Rodrigues; Vinícius, Vampeta (Xavier), Cléber e Arivélton; Edílson e Obina (Gilmar) Márcio; Valdomiro, Leonardo, Neto e Neném; Galeano (Ernani), Henrique, Robson e Elivélton; Daniel Mendes (Marcão) Danilo (Elias)
Técnico: Agnaldo Liz Técnico: Vadão
Cartões amarelos: Marcelo Heleno e Edilson (V); Elivélton (B)
Gols: Arivélton, aos 40 minutos do primeiro tempo
Data: 18/04/2004
Local: estádio Manoel Barradas
Arbitragem: Carlos Eugênio Simon (Fifa/RS)
 

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