sexta-feira, 9 de novembro de 2012


Roth não liga para protestos da torcida e dá recado: ‘Já estou fora’

Treinador relembra expectativa gerada em sua chegada e volta a falar em campanha confortável na reta final do Brasileirão

Por Tarcísio BadaróBelo Horizonte
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Celso Roth, Cruzeiro (Foto: Roberto Rodrigues)Roth afirma que não participa de planejamento para
2013 (Foto: Roberto Rodrigues / Globoesporte.com)
"Ah! Eu fico alegre, se o Celso Roth voltar pra Porto Alegre". O verso de um dos coros cantados pelo grupo de torcedores cruzeirenses durante as duas manifestações feitas nesta semana (na quinta, na porta da Toca da Raposa IInesta sexta, em frente à sede administrativa do clube) não abala o técnico da Raposa, alvo das reclamações. No entanto, ele faz questão de argumentar que a campanha da Raposa (13ª colocação, com 43 pontos) é condizente com as expectativas do início da competição. E também que já está com um pé fora do clube.
- Quando cheguei aqui, vocês (imprensa) me diziam: "Você veio para tirar o Cruzeiro do rebaixamento, porque esse grupo é isso, é aquilo, porque esse grupo não vai chegar". Eu sou taxado de treinador que vem salvar clubes. Tirei o Atlético-MG, tirei não sei quem. Agora, estamos numa situação cômoda e eu virei culpado de tudo. Trouxe cinco, seis contratações, não deram certo como queríamos, mas as demais todas estavam aqui. Essa coisa de gritar lá na rua "fora Roth", eu já estou fora, não precisa se preocupar.
Com a saída confirmada ao fim da temporada, Roth revelou que não participa do planejamento do Cruzeiro para 2013.
- A partir do momento em que o Cruzeiro começou a dar alguns sinais, e percebo muito isso, de que as coisas mudariam, não conversamos mais a esse respeito e não estou participando do planejamento.
Apesar de ficar visivelmente contrariado com a avaliação de seu desempenho à frente do Cruzeiro, Roth demonstra uma postura democrática em relação aos protestos da torcida.
- Sobre a manifestação do torcedor, eu acho absolutamente normal, pelos resultados negativos que estamos tendo. Eu já me pronunciei que não ficarei no ano que vem, o Cruzeiro já se pronunciou que não terá negociação, o torcedor também tem direito. A única coisa que o torcedor tem que entender é que no jogo ele tem que estar do lado do Cruzeiro. Depois do jogo, se quiser se manifestar, que o faça. Mas, durante o jogo, o jogador precisa do torcedor.
Segundo Roth, o Cruzeiro precisa de mais pontos para terminar o ano de cabeça erguida.
- Temos que somar pontos neste final de campeonato e terminar com mais dignidade ainda. Essa situação está dando oportunidade para a direção do Cruzeiro pensar o ano que vem. Não foi o que aconteceu no ano passado, quando ficou até o final pensando em não cair. Esse ano não, mas temos que vencer.
O Cruzeiro volta a jogar no domingo, às 19h30m (de Brasília), no estádio Independência, contra o Bahia. Para se livrar matematicamente de qualquer risco de cair para a Série B, precisa vencer.

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