sexta-feira, 14 de junho de 2013

Com liberação de 12, Grêmio espera reduzir folha salarial a R$ 6 milhões

Economia alivia finanças, mas não permite que clube faça grandes contratações

Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre
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Andre Santos treino Grêmio (Foto: Lucas Uebel / Site Oficial do Grêmio)Andre Santos foi devolvido ao Arsenal
(Foto: Lucas Uebel / Site Oficial do Grêmio)
A folha salarial foi tema de polêmica no Grêmio. A delicada situação financeira, cujo primeiro trimestre acusou déficit de R$ 28 milhões, gerou debate interno sobre o gasto com o futebol. A atual administração alegava ser necessário investir para a conquista da Libertadores. A oposição, alertava ao risco de inviabilizar o clube. O certo é que, após a eliminação no torneio sul-americano, o presidente Fábio Koff começou o processo de enxugamento. Com a liberação de 12 atletas, além da venda de Fernando, o dirigente espera voltar a ter tranquilidade. Mesmo que os salários sejam de R$ 6 milhões.
O debate interno teve como ‘detonador’ o gasto para permitir a entrada dos sócios – que não pagam ingresso – na Arena. Definido em R$ 43 milhões, virou alvo de renegociação entre clube e OAS, a construtora do novo estádio. As tratativas foram concluídas na semana passada e serão votadas na segunda-feira no Conselho Deliberativo. O que, aliado ao enxugamento do grupo, alivia Koff:
Jogador Destino
André Lima Vendido ao Beijing Guoan
André Santos Devolvivo ao Arsenal
Bertoglio Devolvido ao Dinamo
Douglas Grolli Emprstado ao São Caetano
Fernando Vendido ao Shakhtar Donetsk
Léo Gago Emprestado ao Palmeiras
Leandro Emprestado ao Palmeiras
Marcelo Moreno Emprestado ao Flamengo
Tony Emprestado ao Criciúma
Vilson Vendido ao Palmeiras
Wangler Emprestado ao Caxias
Willian José Repassado ao Santos
- Se criou uma expectativa maior do que o Grêmio poderia dar. Não temos este time caro que se fala. Talvez, dos grandes, tenhamos a menor folha de pagamento. Conseguimos equalizar tudo e temos gastos compatíveis com a receita do clube. Estou esperando fechar a nova folha com R$ 6 milhões.
A sinceridade do presidente já havia revelado, em abril, que os salários eram de R$ 7 milhões. Foi a maneira encontrada por ele de acabar com os boatos que apontavam gastos superiores a R$ 10 milhões. O valor, aliás, é relativo na opinião do mandatário. Ele usou o sucesso da década de 1990 como exemplo:
- O Grêmio, na época, não era o time mais caro. Mas era o mais coletivo. Não estou preocupado com quanto ganha cada jogador ou quanto gastamos. Mas sim com que o time adquira espírito de solidariedade, entrega, superação e união. Quando tivermos desta forma, ninguém vai se preocupar com folha de pagamento.
O que contribuiu para a diminuição dos gastos foi a mudança de filosofia. As chegadas são modestas. Cristian Riveros, Maxi Rodríguez, Wendell, Gabriel e Moisés... nenhum possui alto vencimento. E tampouco custaram muito. Até porque...
- Hoje, o Grêmio não tem condições de comprar jogadores caros. Só poderemos trazer reforços com a ajuda de investidores. Os grandes investimentos já foram feitos – explicou o assessor de futebol Marcos Chitolina.
Será assim que o Tricolor voltará das férias, dia 21 de junho, e se preparará para a retomada do Brasileirão. O primeiro jogo é dia 7 de julho contra o Atlético-PR.

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