quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Sem desmerecer Mutante, Sarafian diz poder vencê-lo 'de várias maneiras'

Fim de perguntas sobre luta final original do TUF Brasil 1 alivia peso-médio, que não se vê campeão 'moral': 'Ele conquistou. Nunca vou tirar isso dele'

Por Belo Horizonte
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Há pouco mais de um ano, no dia do UFC 147, Daniel Sarafian era cercado por jornalistas na sala de imprensa do Mineirinho para explicar a natureza da lesão no bíceps que o tirou da final entre pesos-médios do primeiro The Ultimate Fighter Brasil - Em Busca de Campeões, contra o eventual campeão Cezar Mutante. Na quarta-feira, o lutador paulista estava de volta ao mesmo local, desta vez para confirmar o duelo contra o ex-companheiro de programa, marcado para o UFC de Goiânia, em 9 de novembro. Sarafian acredita que é o momento certo para o encontro, após ter vencido Eddie Mendez no TUF Brasil 2 Finale, em junho, enquanto Mutante bateu Thiago Marreta no UFC 163, em agosto.
A história dos dois está ligada eternamente devido à participação no reality show e, desde que os dois chegaram à final do programa, muito se questionou sobre como o jogo dos dois casaria numa luta. Sarafian prefere deixar a especulação para o público e se concentrar no que pode fazer para derrotar o colega.
- Acho que o Mutante é um cara mais alto, mas isso não quer dizer nada para mim. Estou acostumado a lutar com caras mais altos. Ele é um bom atleta, treina e se dedica. É um cara completo, tem boa trocação, um bom wrestling, e um bom jiu-jítsu, assim como eu. Eu também tenho bom wrestling, bom jiu-jítsu, boa trocação e disposição de sobra. Então é difícil analisá-lo, prefiro analisar a mim mesmo. (Posso ganhar dele) De várias maneiras - afirmou o peso-médio.
Daniel Sarafian na coletiva do UFC em São Paulo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Daniel Sarafian acredita poder vencer Cezar Mutante de várias maneiras (Foto: Marcos Ribolli/ Globoesporte.com)
Desde que a lesão de Sarafian forçou sua substituição por Serginho Moraes na final do primeiro TUF, fãs e imprensa sempre perguntam tanto a Sarafian quanto a Mutante sobre quando os dois se enfrentariam e colocariam um "ponto final" no ciclo do TUF Brasil 1. Para o peso-médio paulista, a marcação do duelo é um alívio, pois, enfim, receberá perguntas novas. Por outro lado, nega que uma vitória signifique que ele seria o campeão "de fato" do programa.
- Se eu ganhar dele, eu ganhei dele e dei um passo para frente. Ele é o campeão do TUF, não vou tirar esse mérito dele, eu sei que ele conquistou isso e nunca vou tirar isso. Para mim, o TUF morreu naquele dia. Na verdade, aquela luta dele com o Serginho foi um alívio para mim, porque, depois que eu me machuquei, fiquei com aquele sofrimento de não poder lutar, e, no dia da final, isso se encerrou. Ele é o campeão do TUF, acabou, bola para frente. Aquele dia foi um alívio na verdade para mim, então me dividi completamente com esse negócio de final de TUF. Ouvi milhões de pessoas dizerem que eu teria batido nele, ouvi milhões de pessoas dizerem que ele teria batido em mim, milhões de pessoas perguntarem milhões de vezes por dia sobre essa luta, então agora vamos tê-la e ver qual é o resultado dessa luta. Se ganhar dele, ganhei essa luta. Não tem título envolvido - frisou.
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Sarafian e Mutante, TUF Brasil (Foto: Divulgação / TUF Brasil)Daniel Sarafian se diz aliviado pelo fim das perguntas sobre final original da primeira edição do TUF Brasil, contra Cezar Mutante (Foto: Divulgação / TUF Brasil)
Os dois lutadores foram companheiros de Time Belfort no reality show, mas Sarafian garante que a amizade que forjou com Mutante não influencia em nada na luta. Para ele, mais do que a distância adquirida em mais de um ano, o mais importante do tempo entre o programa e o confronto entre os dois é a possibilidade de se preparar nos seus próprios termos.
- Quando a gente sai do TUF, tem um negócio que é fato: a gente sofre uma readaptação com o mundo externo, porque você fica um mês e meio trancado lá dentro, convivendo 24h. Não é porque você cria um apego e fica difícil de lutar. Acho que você não vem tão bem psicologicamente como hoje. Agora, você tem toda uma estrutura aqui fora, há um ano treinado com meu pessoal, com minha equipe, com o Demian Maia, com o Banha… A gente tem toda uma estrutura física e emocional aqui fora que me deixa mais preparado para uma luta. Na casa, estava treinando com treinadores que não eram meus, com uma equipe que não era a minha, fiquei preso convivendo com pessoas que nem conhecia. É um sentimento diferente, mas está para trás - concluiu Sarafian.

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