Chulapa detona ambiente da Seleção de 82: "Coletivamente, uma desgraça"
Auxiliar técnico do Santos, que esteve naquele grupo, declara que jogadores do
banco faziam pressão para jogar no time titular: "Deu no que deu contra a Itália"
Chulapa critica ambiente do grupo da seleção em 82 (Foto: Reprodução SporTV)
“Coletivamente foi uma desgraça”. O ex-jogador Serginho Chulapa não mediu palavras para criticar o ambiente na Seleção que disputou a Copa do Mundo de 1982. Em entrevista ao programa “Resenha Bandsports”, o auxiliar técnico do Santos falou sobre os bastidores da equipe que perdeu para a Itália, no Mundial da Espanha, e, sem citar nomes, revelou que o ambiente era o grande problema.
- Individualmente era espetacular, mas coletivamente, uma desgraça.
Em outro momento, deu sua versão do que aconteceu nos bastidores da Seleção liderada por Telê Santana.
- O ambiente não era legal. Quem ficava fora, gente do Rio de Janeiro, de outros estados, não estava fechado... Tinha pressão para jogar um, pressão pra jogar outro. Eu estou falando o que eu vi. Com os que jogavam, estava tudo certo. O problema era alguns, não todos, que ficavam fora fazendo pressão pra jogar. Para mim, só individualmente foi melhor. Não tinha união. Deu no que deu contra a Itália.
Camisa 9 daquela equipe, Chulapa disse que o racha no elenco era evidente desde antes da viagem para a Espanha, mas também dividiu a culpa com aquela geração que tinha Zico, Falcão, Socrates e outros craques.
- O empate (contra a Itália) era nosso, empatamos duas vezes. Podia falar: “pessoal, vamos voltar aqui, o empate é nosso, vamos para frente”. Foi um castigo. Podia estar jogando até hoje. Outra coisa, o time deles era bom pra caramba, também. Não à toa foi campeã. Foi todo mundo culpado, eu também. Qual é o problema?
Na ocasião, o Brasil venceu as três partidas da primeira fase: 2 a 1 na União Soviética, 4 a 1 na Escócia e 4 a 0 na Nova Zelândia. Nas fase seguinte, derrotou a Argentina por 3 a 1 e, com isso, precisava apenas de um empate com a Itália. Entretanto, perdeu por 3 a 2 e viu a Azzurra levantar a taça mais tarde ao bater a Alemanha na decisão.
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