domingo, 9 de agosto de 2015

Maldonado: "Há pilotos que não merecem estar na F-1. Mas eu mereço"

Piloto venezuelano da Lotus diz que não gosta da fama de mestre em envolver-se em acidentes, assume responsabilidade, mas cobra que valorização por seu trabalho

Por Budapeste, Hungria
header livio oricchio (Foto: Editoria de Arte)
Se há um piloto que na próxima etapa do campeonato, o GP da Bélgica, dia 23, vai procurar estar mais atento às regras da competição é o venezuelano Pastor Maldonado, da equipe Lotus. Na última corrida, no Circuito Hungaroring, em Budapeste, dia 26, Maldonado se apresentou em grande forma, considerando-se a fama de mestre em envolver-se em incidentes: foi punido três vezes ao longo das 69 voltas da prova.
Seu time já começou, discretamente, a cobrar maior responsabilidade pelos atos na pista. Maldonado marcou pontos apenas duas vezes na temporada, enquanto o companheiro, o francês Romain Grosjean, da mesma forma nenhum exemplo de regularidade na F-1, embora tenha evoluído bastante, chegou em cinco ocasiões dentre os dez primeiros. 
Pastor Maldonado no GP do Bahrein, Fórmula 1 (Foto: Getty Images)Pastor Maldonado é o único venezuelano na Fórmula 1 (Foto: Getty Images)
- Pastor nos pediu desculpas depois da corrida. E que iria tirar proveito dos erros de avaliação que cometeu aqui - disse Federico Gastaldi, diretor da Lotus, na Hungria.
Não há, no entanto, nenhuma garantia de que a partir da prova em Spa-Francorchamps Maldonado será distinto do que sempre foi no automobilismo, mesmo antes de estrear na F-1, no GP da Austrália de 2011, pela Williams, como parceiro de Rubens Barrichello. Esse venezuelano de 30 anos, nascido em Maracaibo, casado e com uma filha, combina velocidade, destreza, coragem, por vezes impressionantes, com inconstância e o envolvimento em episódios até bizarros.
"Acho que também por desatenção”, disse o ex-diretor da Williams, Adam Parr. “Ele é muito rápido, mas vai com muita sede ao pote. Vai amadurecer”, definiu Barrichello, em 2011. Nesse aspecto, no entanto, Maldonado avançou pouco, já que continua apresentando alto índice de erros e envolvimento em incidentes, haja vista que as punições não diminuíram.
Essa alternância de um extremo ao outro é a responsável por Maldonado estabelecer a pole position e vencer o GP da Espanha, pela Williams, em pouco mais de um ano de F-1, em 2012, e três anos mais tarde, em Budapeste, agora, há menos de duas semanas, ser punido três vezes na mesma corrida.
Recebeu um drive through por causar um acidente "evitável", como definem os comissários, com o eterno rival Sérgio Perez, da Force India, um segundo drive through, por exceder a velocidade limite na área dos boxes, e ainda uma punição de dez segundos ao tempo de corrida por ultrapassar o inglês Will Stevens, da Manor, em regime de safety car.
A carreira de Maldonado na F1 tem se caracterizado mais por esses incidentes que por performances primorosas. Não é tudo. Para muitos fãs da velocidade, ele só está na F1 por contar com o elevado investimento da estatal de petróleo venezuelana PDVSA.
É verdade que dispor de 28 milhões de libras (R$ 120 milhões) por ano, dado público, como é a realidade de Maldonado, abre todas as portas na F-1. Mas o seu histórico nas pistas é muito mais rico que muitos dos profissionais que dia 23 vão alinhar seus carros no GP da Bélgica, 11.º do calendário. Por onde passou antes da F-1 Maldonado estabeleceu pole positions, venceu corridas e disputou o título.
Pastor Maldonado GP da Hungria Fórmula 1 (Foto: Getty Images)Maldonado conduz sua Lotus durante o GP da Hungria (Foto: Getty Images)
Ele foi campeão italiano da Fórmula Renault 2.0, em 2004, teria vencido o campeonato da conceituada Fórmula Renault 3.5, de onde veio Sebastian Vettel, similar a GP2, pela equipe Draco, em 2006, não fosse uma polêmica desclassificação técnica, na etapa de Misano, e o título da GP2, em 2010.
Há quem diga que por ser sua quarta temporada na GP2 o mérito de ser campeão é relativo. O fato é que ele terminou a temporada em primeiro lugar. E lutou com pilotos do nível de Jules Bianchi, Romain Grosjean, Sérgio Perez e Marcus Ericsson, todos em bons times, dentre outros. A conquista de Maldonado tem, portanto, peso.
Mas, como foi mencionado, quando o nome do piloto venezuelano vem à tona nas conversas de F-1 a associação da sua imagem aos inúmeros incidentes em que esteve envolvido é inevitável. Maldonado virou sinônimo de confusão na pista.
Esse foi um dos principais temas da entrevista exclusiva concedida ao GloboEsporte.com antes da corrida da Hungria. Com um complemento, depois da bandeirada, por causa das três punições sofridas. Maldonado não se esquivou de falar sobre outras questões controversas, como o que sente ao ser rotulado como um piloto que só está na F1 por causa de dinheiro. E encheu a boca ao lembrar da sua única vitória na F1 em 87 participações, no GP da Espanha, em 2012, sem deixar de criticar a imprensa. 
- Foi uma grande lição para muita gente. Mas ainda sou subestimado na F-1.
Confira a entrevista exclusiva com Maldonado:
GloboEsporte.com: Como é conviver com a fama de ser um piloto que não necessariamente causa acidentes, mas se envolve em muitos acidentes?
Pastor Maldonado: Vou ser sincero, se você me perguntar se gosto, a resposta é claro que não. Preferiria outro tipo de opinião, sobretudo a verdade. Sim, estive envolvido em alguns incidentes. Mas imagina, por exemplo, se no acidente da Áustria fosse meu carro que estivesse sobre a McLaren de Fernando. (Referia-se ao choque entre Kimi Raikkonen, Ferrari, e Fernando Alonso, McLaren, na primeira volta da corrida). E o que aconteceu? Nada, ninguém foi punido, apenas acidente de competição dentre dois campeões do mundo. Se eu estivesse envolvido, seria um grande escândalo, haveria uma enorme pressão da mídia. Esse é só um exemplo do que eu sou na pista. Sou supervigiado por todos. Não posso falhar em nada. Na F1 é normal entre nós pilotos acontecer esse tipo de coisa, todos estão competindo, todos querem ganhar posições, todos querem fazer o melhor possível. Infelizmente comigo já aconteceu, não uma vez mas em várias ocasiões.
Mas você não vê também responsabilidade sua nesses incidentes?
Sim, tenho responsabilidade em algumas ocasiões. Também me lembro de uma experiência que me levou a dar risada. Foi este ano, na China, quando Jenson (Jenson Button, da McLaren) bateu na minha traseira. Todo mundo dizia que eu era o culpado, porque sempre que estou envolvido todo mundo diz que eu sou o culpado, seja o mais mínimo incidente. Li algumas notícias que eu era o responsável e deveria ter sido punido pelos comissários. Sempre há pressão da mídia, esteja eu certo ou errado. Sempre há algo que procura esconder meu talento e denegrir minha imagem na F-1 (Button e Maldonado lutavam pelo 12.º lugar. O inglês atrasou demais a freada da curva 1 e acertou a traseira da Lotus do venezuelano. Os comissários puniram Button com cinco segundos no tempo de corrida e dois pontos na carteira da superlicença).
Aqui na Hungria, as punições foram justas?
Não acho que tive responsabilidade no toque com Sérgio Perez. Disputávamos a posição. Ele vinha por fora e nos tocamos. Para mim, incidente de corrida, sem culpados. (Maldonado não contestou as duas outras punições.)
Como é a sua relação com os colegas?
Muito boa, com a maioria. Somos amigos. Fora das pistas você sempre tem maior afinidade com alguns e menos com outros, como é normal em qualquer atividade nas nossas vidas cotidianas.
Nico Rosberg Pastor Maldonado GP da Hungria Fórmula 1 (Foto: Getty Images)Maldonado conversa com Nico Rosberg, antes do GP da Hungria (Foto: Getty Images)
Nunca teve um problema de desgaste com um colega por causa desses incidentes?
No momento que as coisas acontecem, sim, há raiva na hora, da minha parte em relação a eles e imagino que da parte deles comigo também. Com um compatriota seu este ano, na primeira corrida, na primeira curva, Felipe Nasr (Sauber) me tocou e não houve como eu regressar à prova. Fiquei realmente chateado, esse toque não era necessário, se é que ele pôde evitar. É normal que como piloto, atleta, você tenha gana de dar mais de si a cada dia. E quando acontece coisas como a de Melbourne, te dá muita raiva, mas é parte do seu trabalho e tem de aceitar. E depois você tem de manter boa relação com os colegas, como com Nasr. Passou, somos amigos e pronto.
Como a equipe reage quando você volta aos boxes depois dos vários acidentes, uma vez que em geral há danos nos carros?
Depende. Se cada vez que deixa os boxes você se acidenta e traz o carro quebrado a equipe vai se queixar. Mas se isso acontece uma ou duas vezes por temporada, não há nenhum problema. É parte do nosso trabalho e tanto a equipe quanto o piloto sabem que podem ocorrer erros de uma das duas partes. É igual quando entramos nos boxes e as equipes cometem um erro e eles custam as vezes pontos, posições no campeonato, ou o que seja. É parte da competição, estamos focalizados em dar o nosso máximo.
Aqui na Lotus você não tem desgastes com os incidentes?
Não, nenhum. Há um ambiente de companheirismos e espírito de equipe que nunca havia visto na minha vida. Quando erramos, erramos todos juntos. Quando ganhamos, ganhamos todos juntos.
Pastor Maldonado GP da Áustria Fórmula 1 (Foto: EFE)Maldonado mostra concentração durante corrida desta temporada (Foto: EFE)
Não são poucos os que dizem que você só está na F-1 por ter um grande patrocinador. Sem ele, não estaria aqui. Como reage aos que pensam dessa forma?
Na F-1 não é fácil hoje em dia encontrar notícias. Praticamente é sempre o mesmo que ganha, no segundo lugar chega o mesmo piloto, em terceiro também. Não é como há 10, 15 anos, quando havia mais batalhas, havia notícia. Mudou tudo nesse mundo. Então o jornalista busca notícia onde não existe. Faz dez anos que sou apoiado financeiramente pela PDVSA. Mas não só eu, e sim um grupo de venezuelanos, como faz a Red Bull com seu grupo de jovens. Começou quando tinha 18 anos e a PDVSA me apoiou até a F1. Felizmente eu cheguei, mas vários dos participantes do projeto não conseguiram os resultados que precisavam para atingir a F1. No começo era uma enorme pressão com essa história de piloto pagante. Mas aprendi a conviver com isso e penso que dei uma grande lição porque não é todo mundo que pode ganhar uma corrida de F1 sem ter o melhor carro. Com o melhor, muitos podem, é bem mais fácil. Mas sem o melhor, como nós na Espanha, há três anos, era algo inesperado. A maioria me subestimou muitíssimo e minha vitória em Barcelona foi uma grande lição para eles. Hoje ainda me sinto subestimado na F1. Mas apenas por eu não ter tido, nos últimos anos, um carro que me permitisse mostrar o meu talento. Isso me dá ainda mais força para sair à pista e demonstrar que posso cada dia fazer melhor, aprender, não apenas a pilotagem, mas o que está por trás, a parte técnica. Essa é minha paixão, a minha vida, me envolvo 100%. O restante está em segundo plano. O primordial para mim é aprimorar não apenas a pilotagem, mas o conhecimento sobre o carro, sua engenharia, a mecânica, me adaptar melhor aos novos circuitos, ao regulamento. Temos também o simulador, que muitas vezes funcionam, outras não. Faz parte da F1 de hoje. Há pilotos que não merecem estar aqui na F1, mas acredito que eu já demonstrei que mereço, claramente, permanecer aqui por muito tempo.
Com o carro da Mercedes poderia lutar por poles e vitórias?
Se tudo desse errado chegaria na segunda colocação, ficando triste e regressando para casa bem chateado. Com um carro como o da Mercedes eu teria a chance de lutar pela vitória toda semana de corrida. Estou completamente seguro quanto a isso.
Que tipo de retorno você acredita que dá para a PDVSA?
É um retorno muito importante. O apoio que recebo tem sido criticado pela mídia internacional e no meu país também. Dizem que é muito dinheiro para manter uma única pessoa na F1. A questão é mais abrangente. Trata-se de um contrato de publicidade com uma equipe de F1. Você compra um espaço publicitário com o objetivo de divulgar uma marca e um país. Não é a primeira vez que acontece na F1. Veja a Petronas no carro da Mercedes, não há tantas críticas como com a PDVSA e não sei o porquê. Há outros, Shell, Petrobras, estão muitos anos na F1, patrocinadores ligados a combustível, algo que necessitamos na F1. Acredito que foi algo muito inteligente por parte do meu país e da PDVSA decidir investir na F1 e fazer o mundo conhecer não apenas a marca mas também nosso país. A presença na F1 coloca a nação no nível máximo do esporte a motor. A Venezuela é um dos cinco maiores produtores mundias de petróleo, não vejo razão para um país como o nosso e uma empresa como a PDVSA não estarem aqui na F1 representados por um piloto venezuelano.
Pastor Maldonado conduz a Lotus no GP da Inglaterra (Foto: Getty Images)Pastor Maldonado conduz a Lotus no GP da Inglaterra (Foto: Getty Images)
Que futuro enxerga para você na F-1?
Todo futuro é sempre difícil de ser previsto. Não podemos imaginar muitas coisas. Mas estabeleci várias metas, tenho muitos planos. Tenho muito o que demonstrar, o que fazer na F1, quero ganhar. Desejo encerrar minha carreira pelo menos com um título da F1. E sei que quando conquistá-lo vou querer dois. Como atleta você sempre deseja mais. Não será fácil, sabemos, tenho de construí-lo.
Seria aqui na Lotus?
Não sei. Será difícil, não sei se aqui ou em outra equipe. Gostaria que fosse aqui, pois de verdade temos um ambiente muito bom e me sinto muito bem na Lotus. Porém na F1 não dá para antecipar nada. Gostaria de ter ganhado mais corridas pela Williams, não foi possível, hoje estou aqui. Na F1 nos movimentamos de um dia para o outro, mas gostaria de obter melhores resultados na Lotus e sobretudo de ter oportunidade de lutar pelo pódio e pelo título.
Seu contrato com a Lotus termina no ano que vem, certo?
Correto, no fim de 2016.
(A Renault negocia com Gerard Lopez, sócio do grupo Genii, dono da Lotus, a compra da escuderia. Se a Renault tornar-se proprietária de equipe novamente, é muito provável que o contrato de Maldonado será respeitado. Bem como a presença de Grosjean atende seus interesses. Dessa forma, mesmo sob nova direção do time, todos os indícios são de que Maldonado e Grosjean seguirão lá.)
Se sente jovem e preparado para tentar o título?
Sim, me sinto jovem e preparado, não apenas na pista, como tecnicamente e na maneira de administrar a relação com a equipe, algo que conta muito na F1. Creio que estou atingindo um bom estágio de maturidade.
Arrependimento de sair da Williams, depois de ver a eficiência do carro do ano passado e as imensas dificuldades da Lotus, de toda natureza?
Sim e não. A Williams era para mim uma família, eu era o piloto da casa, piloto que quase todos os dias estava na fábrica, nos meus três anos lá. Isso foi muito importante para mim como estreante, novato. Serei eternamente grato ao pessoal da Williams, primeiro pela oportunidade que me deram de estrear na F1. Segundo por me terem valorizado como piloto. E sinto-me muito feliz por na primeira oportunidade de contar com um carro rápido eu lhes dar a última vitória que obtiveram até o momento na F1. Eles viveram aquilo tudo com muita emoção, como eu. Foi um momento inesquecível e único. Fazia muito tempo que não ganhavam uma corrida, tinham trabalhado muito, a equipe estava numa situação difícil, diferente da que vive hoje, e merecíamos um bom resultado. Não esperávamos ganhar naquele fim de semana. Mas demonstrei que se me dessem um carro que andava mais ou menos eu poderia controlar uma corrida difícil, mesmo com dois campeões do mundo atrás de mim, tentando aproveitar o mínimo descuido para me ultrapassar e vencer. A Williams foi uma equipe subestimada, como eu sou. Demos naquele dia uma grande lição para todos.
Pastor Maldonado e Felipe Massa choram em funeral de Jules Bianchi (Foto: AP)Pastor Maldonado e Felipe Massa choram em funeral de Jules Bianchi (Foto: AP)
(Fernando Alonso, da Ferrari, segundo colocado, e Kimi Raikkonen, Lotus, terceiro, seguiam Maldonado bem de perto no Circuito da Catalunha.)
Você se entusiasma ao falar da Williams...
Sim, verdade. Passei três anos na Williams e não consegui o que esperava como profissional. Surgiu a oportunidade de me transferir para outra equipe que se comportava melhor naquele momento (Lotus). Eu me senti atraído pelo risco de explorar algo novo, num time também campeão do mundo, com muita experiência. Apesar de não termos ido bem na temporada passada, aprendi muitíssimo. Estamos vendo um grande progresso este ano e esperamos outro salto em 2016. Não é que estou arrependido de ter deixado a Williams porque aprendi muito aqui, e me sinto melhor como pessoa. Mas lamentavelmente eles estão mais rápidos que nós.
O que mudaria na F-1?
Muitas coisas, mas como não sou a pessoa indicada para mudar... Em primeiro lugar, é muito fácil falar. Estudaria maneiras inteligentes de aproximar mais a F1 do público e para que nosso fã pudesse entender mais a F1. Faria com que o grid ficasse mais compacto e daria mais liberdade para as equipes trabalharem no circuito, não na fábrica, onde podem investir muito dinheiro em materiais, simuladores. Trabalhar na pista, para ver quem é melhor. Teria de haver um estudo sobre o que mudar. O conceito é fazer com que as diferenças fossem menores entre as equipes. Diferença sempre vamos ter na F1. Até na GP2 há diferenças entre as equipes, onde todos os carros são iguais. E por que quando os carros não são iguais, como na F1, não estabelecemos um regulamento para que não haja tanta diferença e não permitamos tanta vantagem aos times que têm maior poder aquisitivo?
Acredita que a F-1 vá mudar a curto prazo, com tanta gente interessada em rever os regulamentos técnicos e esportivos a partir de 2017?
Acredito que não, a F1 vive essa situação de dominância de uma equipe há muitos anos. Mas a F1 será sempre a F1. A paixão que vemos aqui dentro é única. Penso, sim, que vai chegar um momento que terão de mudar algo, repensar o evento. Será preciso encontrar maneiras de atrair mais patrocinadores. Eles sabem que a F1 tem de continuar sendo a elite do esporte mundial.

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