sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Juíza nega pedido de Wanderlei Silva por extinção de processo do UFC

Organização move ação por difamação contra lutador brasileiro, que acusou Ultimate de fazer "lutas compradas" em publicações nas redes sociais em julho

Por Las Vegas, EUA
Wanderlei Silva video  (Foto: Reprodução/ You Tube)Wanderlei Silva se aposentou do MMA em setembro de 2014 (Foto: Reprodução/ You Tube)
O UFC obteve sua primeira vitória em ação por difamação que move contraWanderlei Silva na Justiça. Na noite de quarta-feira, uma juíza de uma corte distrital em Nevada negou um pedido de extinção do processo feito pelo lutador brasileiro, o que significa que a ação prosseguirá.
A Zuffa, grupo proprietário do UFC,entrou com o processo contra Wanderlei em 28 de julho, alegando que o lutador difamou a empresa com duas publicações nas redes sociais em que acusava o Ultimate de "armar lutas". Representado pelo advogado Terry A. Coffing, Wand respondeu com um pedido de extinção do processo, alegando que as leis de Nevada protegem a liberdade de expressão de pessoas que denunciam questões de interesse público, e que a acusação de difamação era inválida porque a Zuffa seria uma "entidade", não uma "pessoa".
Contudo, a juíza Joanna S. Kishner negou o pedido. Em sua decisão, disse que as declarações de Wand sobre armação de lutas não tinham relação com assuntos públicos, incluindo uma ação contra a Zuffa por monopólio movida por um grupo de lutadores e o próprio recurso do brasileiro contra a Comissão Atlética de Nevada. Coffing tentou argumentar que a expressão "armar lutas" poderia incluir coisas como pedir a um lutador lesionado para competir, ou ignorar exames positivos para uso de drogas, mas Kishner rejeitou esse argumento e afirmou que usaria a definição dos termos em "inglês claro". Ela aceitou apenas parte do pedido de Wand, o de extinção de parte da queixa relacionada a danos alegados pela Zuffa.
Em julho, Wanderlei Silva fez dois posts nas redes sociais acusando o UFC de comprar lutas. A primeira foi no dia 12 de julho, quando apenas levantou a teoria de conspiração questionando se a vitória de Conor McGregor sobre Chad Mendes seria comprada. Depois, em 22 de julho, emprotesto pela demissão do cutman Jacob "Stitch" Duran, o ex-campeão do Pride afirmou que poderia provar que o UFC compra lutas, e acrescentou que "ainda não soltei a bomba, não falei tudo o que sei".
A notícia foi publicada inicialmente pelo site "Espn.com".

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