À la Barça, Espanha arrasa Itália, leva
o tri e mostra quem manda na Europa
Com atuação de gala, Fúria vence rivais com gols de Silva, Alba, Torres e
Mata. Mesmo com derrota, Azzurra se garante na Copa das Confederações
155 comentários
Os gols do título foram marcados por David Silva, Jordi Alba, Fernando Torres e Juan Mata, todos atletas que não fazem parte da base da equipe formada por Real Madrid e Barcelona - o lateral-esquerdo, no entanto, foi contratado nos últimos dias pelo time culé. Torrer, por sua vez, entrou para a história como o primeiro jogador a marcar em duas finais da Euro. Foi dele o gol da vitória por 1 a 0 sobre a Alemanha, em 2008.
E o título foi à la Barcelona. A Espanha aproveitou para mostrar ao mundo que o futebol de posse e toque de bola, criticado em alguns momentos pela imprensa e por alguns torcedores, dá resultados. Foi justamente desta maneira que a Fúria superou a Itália. Na genialidade de Xavi e Iniesta, responsáveis pelos passes nos gols marcados por David Silva, Jordi Alba e Fernando Torres, a equipe de Del Bosque tornou-se a primeira na história a vencer a Eurocopa duas vezes consecutivas. Apesar da derrota, a Azzurra ganhou um prêmio de consolação: a vaga na Copa das Confederações de 2013, que será disputada no Brasil.
Casillas ergue o troféu pelo bicampeonato da Euro (Foto: Agência Getty Images)
Vale lembrar também que o time de Del Bosque não vencia a Itália em
competições oficiais desde 1920. A última vitória havia acontecido em
partida válida pelos Jogos Olímpicos, na época disputado pelas seleções
principais. A Fúria venceu por 2 a 0 nas semifinais do torneio.Espanha passeia na etapa inicial e abre dois de vantagem
No lance seguinte, o primeiro gol da Espanha. Iniesta fez um belo lançamento para Fàbregas nas costas de Chiellini, que atuou improvisado na lateral esquerda. O meia foi à linha de fundo e cruzou para David Silva, que testou de cabeça para abrir o marcador. O lance não animou os torcedores locais, que seguiram vaiando os toques de bola da Fúria e apoiando a Itália.
saiba mais
A partir do gol, a Azzurra até tentou sair mais para o jogo. Pirlo,
Balotelli e Cassano tentavam levar a Azzurra ao ataque. Aos 21,
Prandelli perdeu Chiellini, que sentiu dores no joelho. Balzarerri, que
vinha atuando na lateral direita, entrou na vaga do zagueiro e passou a
atuar pelo lado esquerdo. Sete minutos depois, Cassano fez boa jogada e
finalizou para defesa de Casillas.Um pouco superior, a Itália até evitava o toque de bola da Espanha, assustando a Fúria, principalmente, em bolas paradas. Em escanteios ou faltas próximas ao gol, Andrea Pirlo buscava os atletas mais altos da Azzurra na grande área espanhola. Mas em todos os lances, Casillas apareceu para cortar ou fazer a defesa com segurança.
Xavi deu um belo passe para Jordi Alba marcar o segundo gol da Espanha (Foto: AFP)
E foi aproveitando essa saída da Itália em busca do empate que a
Espanha fez o segundo gol. Aos 40, Casillas deu um chutão, e a bola caiu
nos pés de Jordi Alba, que tocou para Xavi. O lateral avançou em
velocidade nas costas dos zagueiros, foi lançado pelo apoiador do
Barcelona, invadiu a área e tocou na saída de Buffon.A Itália ainda tentou diminuir a diferença com Montolivo. O meia soltou a bomba da entrada da área, e Casillas fez uma bela defesa no meio do gol. Tudo observado por David Villa e Carles Puyol. Cortados da Fúria por conta de lesões, eles estavam nas arquibancadas do Estádio Olímipico.
Torres e Mata marcam mais dois e consumam goleada
Casillas na festa da Espanha (Foto: Getty Images)
A Itália voltou para a etapa final com uma alteração. Cassano deixou a
equipe para a entrada de Di Natale, justamente o autor do gol na partida
entre as duas seleções na primeira fase do torneio. O atacante teve uma
ótima oportunidade de diminuir a diferença logo aos seis minutos. Ele
recebeu completamente livre dentro da área e chutou em cima de Casillas,
que não sofre um gol em partidas de mata-mata desde a Copa de 2006.Aos 15, mais um problema para a Itália. Thiago Motta, que havia acabado de entrar em campo, sentiu um problema muscular e deixou a equipe italiana. Com as três alteraçõe já realizadas, a Azzurra ficou com um jogador a menos em campo. E foi justamente a partir daí que o time de Cesare Prandelli passou a ter muitas dificuldades para sair da defesa para o ataque.
E a Espanha? A Fúria não tinha problemas. Tocava a bola, buscava o espaço para tentar fazer mais gols e matar de vez a decisão da Euro. Com dez, a Itália até tentava, mas em vão. A vida da equipe de Del Bosque ficou bem mais fácil. Se tocar a bola no 11 contra 11 já era algo normal, com um a mais se tornou ainda mais tranquilo.
O resultado foi o maior da história das finais da Eurocopa. Após o apito final do português Pedro Proença, festa espanhola, que só sofreu um gol na competição, no gramado do Estádio Olímpico de Kiev. Enquanto os italianos ficaram decepcionados, os atletas da Fúria comemoraram com os filhos e as esposas, que puderam ter acesso ao gramado.
Casillas, Arbeloa, Piqué, Sérgio Ramos e Jordi Alba; Busquets, Xabi Alonso e Xavi; Iniesta (Juan Mata), David Silva (Pedro) e Fàbregas (Fernando Torres) | Buffon, Abate, Barzagli, Bonucci e Chiellini (Balzaretti); Pirlo, Marchisio, Montolivo (Thiago Motta) e De Rossi; Cassano (Di Natale) e Balotelli |
Técnico: Vicente del Bosque | Técnico: Cesare Prandelli |
Gols: David Silva, aos 14 minutos do primeiro
tempo, Jordi Alba, aos 40 minutos do primeiro tempo; Fernando Torres,
aos 38 minutos do segundo tempo, e Juan Mata, aos 42 minutos do segundo
tempo. Cartões amarelos: Piqué (Espanha); Barzagali (Itália) |
|
Árbitro: Pedro Proença (Portugal) Auxiliares: Bertino Miranda (POR) e Ricardo Santos (POR) |
|
Local: Estádio Olímpico, em Kiev (Ucrânia) |
Nenhum comentário:
Postar um comentário