Paredões, Casillas e Buffon repetem feito que só aconteceu há 78 anos

Espanha e Itália decidem Eurocopa com seus goleiros como capitães

Por Marcos Felipe Direto de Kiev

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Espanha e Itália fazem a final da Eurocopa neste domingo vivendo situações opostas com seus camisas 9. Do lado da Fúria, Fernando Torres sequer é titular. Na Azzurra, o polêmico Balotelli é a esperança de gols. Mas ambas possuem uma semelhança, justamente na posição que visa impedir o sucesso dos centroavantes. Iker Casillas e Gianluigi Buffon envergam o número 1 das duas seleções nas costas, mas, também, são os capitães.
Desde a Copa do Mundo de 1934 que uma decisão de uma grande competição mundial não contava com dois arqueiros ostentando as braçadeiras. Na ocasião, em Roma, Gianpiero Combi, da Itália, e Frantisek Planicka, da extinta Tchecoslováquia, foram os comandantes dos dois países.
Mais novo, Iker Casillas, goleiro que menos sofreu gols na Euro (apenas um, justamente da Itália na primeira fase), não esconde sua admiração pelo rival na decisão em Kiev, considerando o ídolo do Juventus como um exemplo
- Buffon é uma referência para todos. Vê-lo jogando neste nível com essa idade (34) me deixa encantado – afirmou o arqueiro do Real Madrid, de 31 anos.

Buffon e Casillas se cumprimentam antes do jogo entre Itália e Espanha na 1ª fase (Foto: AFP)

Chamado carinhosamente de “Gigi” pela imprensa da Velha Bota, Buffon retribuiu os elogios.
- Casillas é um dos melhores goleiros do mundo. Tenho muito respeito por ele e enfrentá-lo é sempre um grande desafio – salientou Buffon que, apesar de mais experiente, ainda busca um título que Iker possui e ele não: a Eurocopa.
Amor à pátria
Campeões mundiais com suas seleções (2006 e 2010), Casillas e Buffon também têm outro ponto em comum: o amor pela pátria. Natural de Madri, o camisa 1 da Espanha é o atleta que mais vezes vestiu a camisa da Fúria: 132 oportunidades.
Buffon não detém esse recorde na Azzurra (com 119 aparições, aparece atrás dos aposentados Cannavaro e Maldini), mas não esconde seu amor pela Itália, que fica claro no momento do hino antes das partidas.
- Defender a Itália é tudo para mim. É o meu país. É onde eu nasci. Além disso, meus dois bisavôs morreram lutando pela pátria na I Guerra Mundial e isso (canta o hino com extrema paixão) é um reconhecimento e homenagem a eles – contou Buffon.
Antes da Euro, o goleiro foi alvo de investigações por envolvimento com apostas ilegais. No entanto, seu prestígio segue inabalado na Velha Bota.
- Evitamos tocar nesse assunto. Focamos apenas no futebol. Acredito que tudo se resolva – disse um jornalista italiano após uma zona mista. E , de fato, na coletiva de véspera de jogo, ua única pergunta sobre o tópico foi feita. E por um repórter espanhol.
Espanha e Itália se enfrentam às 15h45m (de Brasília), no estádio Olímpico de Kiev, com transmissão ao vivo da TV Globo, GLOBOESPORTE.COM e SporTV.