Membro do primeiro TUF, Chris Leben anuncia aposentadoria do MMA

Peso-médio que lutou com Anderson Silva no UFC diz que vai passar a ser treinador e que vitória em 27s sobre Wanderlei Silva foi ponto alto da carreira

Por Combate.com Rio de Janeiro

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Um dos lutadores mais identificados com a história do UFC anunciou sua aposentadoria do MMA nesta segunda-feira. O peso-médio americano Chris Leben, membro da primeira temporada do The Ultimate Fighter (TUF) nos EUA, confirmou que decidiu pendurar as luvas após sua derrota para Uriah Hall no UFC 168, em 28 de dezembro passado.
- Foi uma caminhada maravilhosa, fantástica. Eu acertei mais golpes do que qualquer um. Com certeza houve altos e baixos, subidas e descidas, mas acho que estou começando a perceber que, para mim, talvez seja hora de fazer a transição de sair da competição  para passar mais ao lado de treinar os outros. Depois (do UFC 168), eu queria voltar e reavaliar as coisas, garantir que a decisão não seria tomada puramente baseado na emoção. Isso era tudo que eu queria fazer. E agora, sim, eu posso dizer, eu realmente me aposentei de competir no MMA - disse Leben ao podcast "The MMA Hour", do site "MMA Fighting".

Chris Leben fez fama no primeiro The Ultimate Fighter americano (Foto: Divulgação / UFC)

O atleta de 33 anos de idade lutou MMA como profissional por 11 anos e deixou sua marca no primeiro TUF graças ao seu característico cabelo vermelho, às unhas pintadas de preto e à rivalidade com o polêmico Josh Koscheck. O "Crippler" ("Aleijador", numa tradição literal) estreou no UFC com cinco vitórias consecutivas e logo virou um dos lutadores favoritos dos fãs por sempre andar para a frente e buscar o combate franco.
Foi quando encontrou o brasileiro Anderson Silva, fazendo sua estreia no UFC, e foi derrotado por nocaute em 49s. A partir daí, Leben alternou altos e baixos, e encerra sua carreira com 22 vitórias e 11 derrotas, incluindo uma série de quatro derrotas. Sua última vitória foi em julho de 2011, quando nocauteou Wanderlei Silva em apenas 27s.
- Wanderlei (Silva) sempre foi meu herói. Quando comecei a lutar, eu costumava andar 3,2km até a loja onde podia comprar esses vídeos piratas do Pride para assistir ao Wanderlei lutar. Sinceramente, assistir a ele lutar é o que me levou ao esporte. Então aquela vitória sobre o Wanderlei foi provavelmente, para mim, a cereja do bolo - contou Leben, que admitiu que o esporte evoluiu além do que ele podia dar.
- Eu realmente não posso ficar chateado. Tive uma carreira maravilhosa. De novo, eu não comecei a lutar até os 21 anos de idade. Lá quando você podia realmente entrar no UFC, vencer e se sair bem só por ser um cara durão, eu era um cara durão, tinha algumas técnicas, e isso sempre funcionou para mim. Mas quando você vê esses caras de hoje, como Uriah Hall, eles são simplesmente uma espécie diferente de atletas do que eu sou. O jogo está evoluindo e mudando tanto, tão rapidamente, que realmente estou bem feliz de poder dizer que fiquei nele por tanto tempo quanto fiquei - analisou Chris Leben.