sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Provocado, Náutico responde em campo e bate o Sport na Ilha do Retiro

Timbu quebra jejum de 10 anos e 21 jogos sem vitória na casa do rival. Resultado leva o Alvirrubro a dividir a liderança do Grupo D da Copa do NE

Por Recife
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Neto Baiano disse que, por ser da Série A, o Sport tinha obrigação de vencer o Náutico. O atacante rubro-negro deu a entender um desnível hipotético, revertido pelo Timbu dentro de campo. O Alvirrubro deixou para falar com a bola no pé. E venceu o Sport por 1 a 0, dentro da Ilha do Retiro, com gol de Zé Mário, na noite desta quinta-feira. Lá se foi o jejum de uma década. A última vitória do Náutico na casa do rival havia sido no dia 28 de março de 2004.
Ao fim da partida, o técnico Lisca desabafou. E justificou a fama de "Doido" - como é apelidado - trazida do Rio Grande do Sul.
- Agora eu sou conhecido! Agora, vocês me conhecem! - berrou - enquanto se dirigia ao setor onde ficou a pequena torcida alvirrubra e pouco antes de se pendurar no alambrado.
O Timbu voltou a fazer a festa na Ilha após 21 jogos. Com a vitória, o Náutico passa a dividir a liderança do Grupo D da Copa do Nordeste com o Guarany de Sobral, que venceu o Botafogo-PB, em casa, na noite desta quinta-feira. Ambos têm 4 pontos, mas o Alvirrubro leva desvantagem de um gol no saldo. O Sport permanece com apenas 1 ponto, ao lado do time paraibano.

Domingo, o Náutico enfrenta o Botafogo, no Almeidão, em João Pessoa, enquanto o Leão recebe o Guarany de Sobral na Ilha do Retiro.
Náutico comemoração gol sobre o Sport (Foto: Matheus Britto / Futura Press)Banco do Náutico explode após o gol de Zé Mário, no primeiro tempo (Foto: Matheus Britto / Futura Press)
Náutico tem início surpreendente
Os primeiros 10 minutos surpreenderam pela postura ofensiva e mais organizada do Náutico. Era um sinal. No decorrer do primeiro tempo, ainda que o Sport tenha conseguido equilibrar as ações, o Timbu foi sempre mais perigoso. A entrada dos estreantes Yuri, Hugo e Marinho deram outra cara à equipe. Três dias antes, na estreia, sobrou preocupação. O empate com o Guarany de Sobral em plena Arena Pernambuco deixou uma má impressão, apesar de natural para um time completamente reformulado.
Os rubro-negros parecem ter sido contaminados pelas análises prévias do jogo, tendo como base as estreias dos rivais na competição. O Sport pareceu, de fato, ter sido pego de surpresa. Para piorar, além da melhor postura do adversário, o time rubro-negro esteve engessado.
Com Rithely em noite apática, o Leão se viu refém do ritmo cadenciado de Naldinho e Aílton, os outros responsáveis levar o time pra frente. Discretos, os laterais Patric e Marcelo Cordeiro também pouco ajudaram a Felipe Azevedo e Neto Baiano, isolado no ataque. Em nenhum momento, posse de bola foi sinônimo de efetividade para o Sport. Diferentemente do Náutico.

Aos 39 minutos, o Timbu foi premiado. Ananias fez boa jogada pela direita e deixou Zé Mário cara a cara com Magrão. Na saída do goleiro, o meia alvirrubro tocou com categoria para abrir o placar. O primeiro gol fez justiça ao futebol apresentado pelo Náutico. Assim como a vitória parcial na descida para o intervalo.
Mexidas e gols perdidos
Com vantagem no placar, o Náutico pareceu ainda mais à vontade. Na volta do intervalo, o time alvirrubro continuou melho na volta do intervalo. Hugo desperdiçou uma excelente oportunidade de ampliar o placar aos 10 minutos, após boa jogada de Zé Mário pela esquerda. O meia, por sinal, foi um dos destaques do Timbu. Não apenas pelo gol marcado. Zé Mário soube explorar os espaços pelo lado direito da defesa rubro-negra.
No intervalo, Geninho trocou Rithely pelo estreante Ananias. Mais tarde, tirou Marcelo Cordeiro e acionou o lateral-esquerdo Igor, outro estreante. Pouco antes, fez um cruzamento preciso para Patric, que perdeu um gol feito, debaixo da meta de Gideão.

O torcedor rubro-negro lamentaria ainda mais a chance perdida por Neto Baiano, aos 27. Sozinho, dentro da área. O centrovante, o homem-gol, o homem da declaração polêmica antes do jogo, isolou o passe açucarado de Rodrigo Mancha. O lance foi o retrato de tudo que cercou este Clássico dos Clássicos.

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