“Brunas do Bellator” admitem: beleza influenciou em contrato com evento
Bruna Ellen e Bruna Vargas estreiam no torneio americano nesta sexta e querem provar seus méritos dentro do cage: “Lá dentro, não tem essa de bonitinha”
Bruna Ellen e Bruna Vargas estreiam nesta sexta-feira no Bellator (Foto: Reprodução/Twitter)
O Bellator 159, nesta sexta-feira em Mulvane, Kansas (EUA), tem entre seus destaques as estreias de duas Brunas: Bruna Vargas, que enfrenta a americana Emily Ducote no card principal, e Bruna Ellen, que encara a também americana Jessica Middleton. As duas têm mais coincidências entre si que apenas o primeiro nome: ambas são trocadoras, estão invictas no MMA, são representadas pelo mesmo empresário… E são consideradas “musas” no meio das lutas.
Basta procurar os nomes das duas atletas na internet e os principais resultados são links tratando de sua beleza. Ambas têm traços finos e olhos claros, e fogem ao estereótipo da lutadora de MMA. Mesmo com poucas lutas em seus carteis - combinadas, fizeram apenas quatro combates profissionais - já têm milhares de seguidores nas redes sociais. Impossível não pensar que sua aparência influenciou na oportunidade de saltar a um grande evento internacional tão cedo - e elas admitem, embora defendam seus méritos no esporte.
- Acho que seria até hipocrisia dizer que não, né. Por um lado, ajuda bastante sim. Mas, de qualquer forma, já luto muay thai há 10 anos, tenho 10 lutas de muay thai e nove vitórias. Acredito que também fiz por merecer. De qualquer forma, a oportunidade está batendo minha porta, então a gente tem que ir lá e mostrar que merece estar lá também, assim como todo mundo, aproveitar essa oportunidade. Mas acredito que tem a ver com a beleza também, porque eles querem mostrar que mulher bonita também sabe lutar, que não significa que seja só a beleza. Não acredito que tenha sido só a beleza que tenha nos posto lá, tanto eu quanto as outras meninas - disse Bruna Vargas ao Combate.com.
Das duas, Ellen é a mais conhecida. Ela chamou a atenção dos fãs na pesagem de sua primeira luta, no Max Fight 14. Logo, já tinha o apelido de “musa” e comparações a Ronda Rousey, outra loura que, à época, dominava sua categoria no UFC. Ronda soube aliar seu alto nível técnico à atenção que atraía por sua beleza e carisma para catapultar sua carreira a níveis jamais experimentados no MMA, para se tornar uma estrela da cultura pop internacional. Bruna Ellen parece saber que pode entrar pelas mesmas portas.
Basta procurar os nomes das duas atletas na internet e os principais resultados são links tratando de sua beleza. Ambas têm traços finos e olhos claros, e fogem ao estereótipo da lutadora de MMA. Mesmo com poucas lutas em seus carteis - combinadas, fizeram apenas quatro combates profissionais - já têm milhares de seguidores nas redes sociais. Impossível não pensar que sua aparência influenciou na oportunidade de saltar a um grande evento internacional tão cedo - e elas admitem, embora defendam seus méritos no esporte.
- Acho que seria até hipocrisia dizer que não, né. Por um lado, ajuda bastante sim. Mas, de qualquer forma, já luto muay thai há 10 anos, tenho 10 lutas de muay thai e nove vitórias. Acredito que também fiz por merecer. De qualquer forma, a oportunidade está batendo minha porta, então a gente tem que ir lá e mostrar que merece estar lá também, assim como todo mundo, aproveitar essa oportunidade. Mas acredito que tem a ver com a beleza também, porque eles querem mostrar que mulher bonita também sabe lutar, que não significa que seja só a beleza. Não acredito que tenha sido só a beleza que tenha nos posto lá, tanto eu quanto as outras meninas - disse Bruna Vargas ao Combate.com.
Das duas, Ellen é a mais conhecida. Ela chamou a atenção dos fãs na pesagem de sua primeira luta, no Max Fight 14. Logo, já tinha o apelido de “musa” e comparações a Ronda Rousey, outra loura que, à época, dominava sua categoria no UFC. Ronda soube aliar seu alto nível técnico à atenção que atraía por sua beleza e carisma para catapultar sua carreira a níveis jamais experimentados no MMA, para se tornar uma estrela da cultura pop internacional. Bruna Ellen parece saber que pode entrar pelas mesmas portas.
Bruna Ellen: Apelido de musa e comparações com Ronda Rousey, ex-campeã peso-galo do UFC (Foto: Divulgação)- Não tem nenhum ponto negativo (ser musa). Não interfere em nada. Dentro do cage é uma coisa, e fora é outra. Lá dentro, não tem essa de ser bonitinha, é cair pra dentro, sair na porrada, não importa cabelo, sangue. Não interfere em nada dentro do cage, e, fora, é bem positivo sim - reconhece a campinense de 20 anos.
Apesar da comparação a Ronda, os espelhos de Bruna Ellen no MMA têm estilos bem diferentes da judoca: a atual campeã peso-pena do Invicta FC, Cris Cyborg, e a campeã peso-palha do UFC, Joanna Jedrzejczyk. A campinense praticou Kung Fu desde a infância, e a arte marcial a levou às mais diversas partes do mundo. Ela usa essa experiência para se tranquilizar quanto à estreia no Bellator.
- Apesar de ser a primeira luta de MMA internacional, eu já viajei pra muitos lugares para competições de sanda (boxe chinês) também. Já disputei Mundial na Turquia, Jogos Olímpicos da Juventude na China - que eu também considerava a luta da minha vida. Já sei como é essa coisa de pressão, de viajar, de lutar fora de casa com torcida contra. Então estou bem, com a cabeça forte, pensamento positivo sempre e muito confiante - assegurou.
Bruna Vargas: porto-alegrense fez camp de treinamento na Team Nogueira (Foto: Divulgação)
Além do nervosismo da estreia em evento fora do país, Bruna Vargas enfrenta também um longo hiato longe do cage. A última luta da gaúcha de 26 anos foi em abril de 2014, em Sobradinho-RS. Ela passou os últimos dois anos num imbróglio para se livrar de um contrato com o XFC, e precisou se virar para não perder o ritmo de competição.
- Eu continuei treinando e trabalhando. Trabalhei por 10 anos na mesma empresa, continuei com a minha vida, trabalhando, terminando a faculdade, esperando o pessoal chamar. A gente até tentou buscar umas lutas por fora, mas não deu certo, em função do contrato. Fiquei aguardando a oportunidade, e, agora que chegou, é partir pra cima e mostrar tudo o que a gente trabalhou nesses anos em que não pude estar lutando. Nesses dois anos que a gente ficou parado, eu aproveitei para aperfeiçoar o jiu-jítsu, treinar bastante queda, grade, porque vim da trocação. Aproveitamos essa deixa para aperfeiçoar o jogo, para eu me sentir mais completa quando viesse a oportunidade - explicou.
Revelada no Minu Fight Team, do lutador Thiago Minu, a porto-alegrense fez seu camp de treinos para a estreia no Bellator na Team Nogueira - mesma equipe de Bruna Ellen - e acredita que o reforço vai compensar a falta de ritmo.
- Eles têm uma equipe profissional excelente, pessoal duríssimo, participando dos melhores eventos do mundo. Para mim, foi super bom, tenho certeza que endureci bastante nesse tempo. Tenho certeza que, com esse camp, minha defesa de queda melhorou muito, porque lá em Porto Alegre nós não temos wrestling, então tenho certeza que vai fazer muita diferença pra essa luta, até porque a menina (sua adversária) vem do wrestling. Acho que esse foi o principal diferencial de ter vindo fazer o camp no Rio de Janeiro - analisou.
- Eu continuei treinando e trabalhando. Trabalhei por 10 anos na mesma empresa, continuei com a minha vida, trabalhando, terminando a faculdade, esperando o pessoal chamar. A gente até tentou buscar umas lutas por fora, mas não deu certo, em função do contrato. Fiquei aguardando a oportunidade, e, agora que chegou, é partir pra cima e mostrar tudo o que a gente trabalhou nesses anos em que não pude estar lutando. Nesses dois anos que a gente ficou parado, eu aproveitei para aperfeiçoar o jiu-jítsu, treinar bastante queda, grade, porque vim da trocação. Aproveitamos essa deixa para aperfeiçoar o jogo, para eu me sentir mais completa quando viesse a oportunidade - explicou.
Revelada no Minu Fight Team, do lutador Thiago Minu, a porto-alegrense fez seu camp de treinos para a estreia no Bellator na Team Nogueira - mesma equipe de Bruna Ellen - e acredita que o reforço vai compensar a falta de ritmo.
- Eles têm uma equipe profissional excelente, pessoal duríssimo, participando dos melhores eventos do mundo. Para mim, foi super bom, tenho certeza que endureci bastante nesse tempo. Tenho certeza que, com esse camp, minha defesa de queda melhorou muito, porque lá em Porto Alegre nós não temos wrestling, então tenho certeza que vai fazer muita diferença pra essa luta, até porque a menina (sua adversária) vem do wrestling. Acho que esse foi o principal diferencial de ter vindo fazer o camp no Rio de Janeiro - analisou.
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