sexta-feira, 22 de julho de 2016

Zaga firmada, meio desfalcado e até 4 no ataque: o início da seleção olímpica

Primeiros cinco dias de treinos do Brasil sob comando de Rogério Micale indicam uma linha de defesa já consolidada, dúvidas no meio e um ataque poderoso pelo ouro

Por Teresópolis, Rio de Janeiro
Esboço de equipe que Micale tem observado nos treinos, mas já com a presença de Renato Augusto no lugar de um dos volantes (Foto: Arte: GloboEsporte.com)Esboço de equipe que Micale tem observado nos treinos, mas já com a presença de Renato Augusto no lugar de um dos volantes (Foto: Arte: GloboEsporte.com)
Os cinco primeiros dias de treinos da seleção olímpica do Brasil ainda não são suficientes para revelar uma escalação. Há um esboço, é possível desenhar a defesa e o ataque com quase certeza dos escolhidos, mas não foi essa a prioridade do treinador Rogério Micale, e nem deveria ser a de quem teve a chance de acompanhar suas diferentes atividades.
Criar conceitos para a equipe pareceu ser a prioridade da comissão técnica: saída de bola pelo chão, marcação intensa no campo de ataque, transição rápida para o ataque. Conceitos que o GloboEsporte.com ajudou a explicar no “dicionário Micale”.
De segunda-feira até sexta, foram feitas muitas alterações na equipe dividida ou esboçada como titular. Mas elas estão diminuindo. No último treino de campo, por exemplo, em momento algum foi alterada a linha defensiva: Zeca, Marquinhos, Rodrigo Caio e Douglas Santos. Já se pode imaginar que assim começará a zaga do Brasil no amistoso do próximo dia 30, contra o Japão, em Goiânia.
No ataque, todos os treinos começaram com Gabriel Jesus, Gabriel e Neymar, e terminaram com Luan ao lado dos três, numa demonstração de que, sim, é possível imaginar um 4-2-4 em vários jogos e circunstâncias da Olimpíada.
Micale tem usado quatro atacantes na parte final dos treinos, com Luan na vaga de Felipe Anderson. Como ficaria o meio? Cinco para duas vagas (Foto: Arte: GloboEsporte.com)Micale tem usado quatro atacantes na parte final dos treinos, com Luan na vaga de Felipe Anderson. Como ficaria o meio? Cinco para duas vagas (Foto: Arte: GloboEsporte.com)
– Ele pode usar os quatro atacantes tanto desde o começo quanto durante os jogos – aposta Luan, o que mais torce a favor do esquema, afinal, em tese, é reserva.
A principal incógnita está no meio-campo, por conta dos desfalques. Renato Augusto só vai se apresentar no dia 27, já em Goiânia, mas não se imagina que um dos escolhidos para as três vagas com mais de 23 anos seja reserva da equipe. A tendência é que ele jogue ao lado de um volante – Thiago Maia tem sido mantido por mais tempo do que Walace e Rodrigo Dourado nos treinos – e um meia – Felipe Anderson largou na frente porque Rafinha, em recuperação de lesão na coxa esquerda, só treinou em campo nesta sexta-feira.
Por enquanto, todos os 15 jogadores de linha que se apresentaram tiveram chance de se apresentar num hipotético time titular. O esquema parece um 4-3-3, mas é arriscado falar nisso com Micale no banco. Ele mesmo admite usar o 4-2-3-1 como ponto de partida de um organismo vivo. Nos próximos dias, a as ideias devem ficar ainda mais claras.
Gabriel Jesus Treino Seleção Brasileira Olímpica (Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press)Gabriel Jesus arranca para escapar de marcação em treino da seleção olímpica (Foto: Lucas Figueiredo / MoWA Press)

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