sexta-feira, 29 de julho de 2016

"Tinha um sonho": goleira do Brasil abandonou vida nos EUA pelos Jogos

Aline Reis, que ganhou uma das duas vagas na posição, morava há nove anos fora do país. Voltou no começo de 2016 com o objetivo de estar entre as 18

Por Rio de Janeiro
Aline, goleira da seleção brasileira (Foto: Cíntia Barlem)Aline, goleira da seleção brasileira (Foto: Cíntia Barlem)
Adaptada, vivendo como professora e goleira em uma das maiores universidades dos Estados Unidos. Essa é a descrição de Aline Reis. Por um sonho, ela deixou tudo isso para trás. Voltou ao Brasil depois de nove anos em outro país justamente com o objetivo de defender as cores verde e amarela na Olimpíada. A meta foi assegurada. Um semestre como atleta da Ferroviária em 2016 e a convocação por Vadão para a disputa dos Jogos. O desejo de voltar à seleção aconteceu.  

- Foi difícil porque eu amo os Estados Unidos. Também amo o Brasil, mas estava muito bem estabelecida lá. Mas eu tinha um sonho. Eu queria voltar à seleção. Eu vi o trabalho sendo desenvolvido por essa comissão técnica. Realmente um trabalho sério, bom. Vi que a seleção tinha evoluído muito e qualquer atleta tem  o sonho de ser olímpico. Quando eu decidi que queria voltar à seleção eu sabia que eu precisava de visibilidade. Foi então que eu decidi vir para a Ferroviária e poder jogar na frente de todo mundo - afirmou Aline.

O destino rumo aos Estados Unidos rendeu a Aline uma profissão. Dividindo as atividades entre estudos e treinos, ela acabou se formando na UCLA em coaching, algo que a ajuda atualmente até mesmo na posição de goleira. Conciliar as duas funções foi o casamento perfeito para a jogadora.

- Na verdade, eu fui para lá porque eu recebi uma oportunidade de estudar e jogar. Poder conciliar as duas coisas foi maravilhoso. Fiz faculdade, fiz pós-graduação enquanto eu jogava. Foi a melhor decisão da minha vida. Eu me formei em coaching. Já é muito desenvolvido lá. Quando fui para lá e notei o quanto o mercado de trabalho era bom, falei que poderia trabalhar no que eu amo e fiz isso e estudei isso.

A batalha de Aline foi tão vitoriosa que ela assegurou a vaga aos "45 do segundo tempo". Luciana vinha sendo convocada como a goleira reserva, mas ficou somente entre as quatro suplentes. A "novata", que já havia sido chamada em convocações mais antigas, acabou levando o lugar ao lado da titular Bárbara. O Brasil estreia na Olimpíada no dia 3 de agosto diante da China, no Engenhão. 

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