quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Bruno Korea supera lesão, volta a lutar nesta sexta, e não pensa em cinturão

Brasileiro enfrenta o americano Abdiel Velazquez, no peso-galo do Titan 42, em
Miami. Apesar de oferta por título, Korea mantém foco no próximo adversário

Por Rio de Janeiro
Na próxima sexta-feira, dia 2, o brasileiro Bruno “Korea” Rodrigues faz no Titan 42, em Miami, sua terceira luta no ano, em que pode terminar invicto depois de deixar o UFC com derrota no ano passado. Vindo de duas vitórias no WOCS, ele luta em novo evento depois de ter que cancelar uma luta que faria em agosto, após lesão. Apesar do desejo pelo cinturão, o foco é o próximo rival.
- Há seis meses tinha uma lesão no ombro que me incomodava muito. Não estava conseguindo treinar direito, fazer sparring. Caiu até uma luta minha em agosto por causa dessa lesão, não estava conseguindo levantar o braço. E essa lesão me acompanhou por uns meses, mas o meu fisioterapeuta Bernardo Moura me ajudou, me tratou e me deixou em totais condições de fazer essa luta agora. Só no começo do camp que fiquei incomodado, mas para o final já estava bem melhor, fazendo sparring duro com todo mundo.
Bruno Korea Matheus Nicolau UFC São Paulo MMA (Foto: Combate.com)Bruno Korea diante de Matheus Nicolau no UFC São Paulo, no ano passado (Foto: Combate.com)
Já recuperado, Bruno Korea destaca que treinou todas as especialidades para enfrentar o americano Abdiel Velazquez, no peso-galo (56,7kg). Lutador da academia Tatá Fight Team, no Rio de Janeiro, ele classifica o adversário como completo.
- Treinei muito. A galera da TFT está muito casca grossa, estou treinando com os melhores. Fiz uma preparação física muito forte. Não treinei nada específico para esse adversário porque ele é muito completo, troca bem, coloca bem para baixo, defende bem queda... Então procurei treinar um pouco de cada coisa. Lógico, treinar o máximo de tudo. Treinei boxe, wrestling, mua thay, jiu-jítsu, treinei o MMA completo para essa luta.
O lutador carioca de 25 anos prefere não pensar muito na sequência e focar no combate desta sexta. Korea revelou que o dono do evento já lhe disse de uma possível luta pelo cinturão da divisão no Titan, hoje com o americano Jose “Shorty” Torres, mas prefere não se aprofundar no assunto.
- Não parei muito para pensar nessa luta ainda. Meu foco primeiro é nessa luta, para depois pensar no que posso almejar. Lógico que a gente quer sempre o cinturão, quer ser o melhor, quer ser o número 1, mas no momento em que me encontro só penso no meu adversário, em fazer a próxima luta. Depois que passar, começo a pensar em cinturão ou algo do tipo. O dono do evento aqui (nos Estados Unidos) até me disse que se ganhar eu disputaria o cinturão, mas nem procuro pensar nisso. Acho que isso tira o foco, então ainda não parei para analisar essa situação.
Bruno Korea UFC (Foto: Reprodução/Instagram)Korea vem de duas vitórias neste ano, já fora do UFC (Foto: Reprodução/Instagram)
Integrante do TUF Brasil 4, Bruno lutou no “UFC Belfort x Henderson”, em São Paulo, em novembro de 2015, quando perdeu por finalização no terceiro round diante de Matheus Nicolau. Depois disso, enfrentou Flávio “Baiano” dos Santos e André “Minobroca”, e venceu por decisão unânime das duas oportunidades. Sobre a última luta, Korea se viu precipitado para conseguir a finalização, que não veio.
- Acho que em toda luta a gente aprende alguma coisa, tanto na vitória como na derrota. Na minha última não foi diferente. Lutei com André “Minobroca” Lourenço na disputa do cinturão do WOCS 43 e consegui sair com a vitória, mas aprendi, ganhei experiência no cage, fiz três rounds. Não consegui finalizar, apesar de ter conseguido encaixar algumas posições. Aprendi que a gente tem que valorizar mais alguns detalhes das posições. Acho que pequei muito nisso na minha última luta, poderia ter finalizado, mas fui com muita sede ao pote e acabei me desgastando à toa. Acho que isso me cansou um pouco e não consegui finalizar.
Restando poucas semanas para o próximo ano, Bruno Korea espera fazer no máximo quatro lutas em 2017, e fez grandes elogios ao evento brasileiro Fight 2 Night, organizado pelo ator Bruno Gagliasso no mês passado.
- Espero que 2017 seja um ano bom para mim, que possa fincar bandeira nos eventos internacionais. Mas não pretendo me prender a nenhum deles. Luto o evento que tiver que lutar. Lógico que estou procurando sempre os melhores, estar entre os melhores lutadores. Aqui fora tem muito evento bom. Para mim o mais importante é me manter ativo, que seja no Brasil ou aqui fora. No Brasil tem o Fight 2 Night, evento novo que chegou para ficar, com grande estrutura. Pude presenciar a primeira edição e achei espetacular. Se um dia pintar, gostaria muito de lutar esse evento. E o importante é se manter ativo. Normalmente priorizo no máximo quatro lutas por ano, acho que mais que isso dá um desgaste no corpo, os treinos são muito duros

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