sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Dunga reclama de campo do Maraca, e engenheiro promete melhoria

Técnico é o segundo a mostrar insatisfação com gramado, depois de Vanderlei Luxemburgo, que o considerou fofo após estreia pelo Flu

Por Fred Gomes Rio de Janeiro
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O gramado do Maracanã já havia sido alvo de queixas do técnico Vanderlei Luxemburgo, que o considerou fofo em sua estreia à frente do Fluminense, na vitória por 1 a 0 sobre o Cruzeiro, em 31 de julho. Nessa quinta-feira, após o empate por 3 a 3 entre Botafogo e Inter, o colorado Dunga fez coro ao colega e estendeu suas críticas não somente ao Maracanã, mas a todas as arenas projetadas para a Copa das Confederações.
- Está muito bom por fora, mas estão se preocupando muito com o redor do jogo nessas arenas e pouco com o gramado. Fica tudo muito bonito, mas tem que lembrar que quem dão o espetáculo são os atletas, e o gramado está deixando a desejar. Todo mundo está reclamando de que a grama está soltando, que o campo está molhado e diferente. Mas a estrutura é fantástica - afirmou o comandante do Inter.
pós-jogo de Botafogo 3 x 3 Internacional (Foto: Fred Gomes)Gramado do Maracanã no dia do jogo entre Botafogo e Inter: motivo de protesto de Dunga (Foto: Fred Gomes)
O engenheiro agrônomo Paulo Azeredo, um dos sócios da Greenleaf (empresa responsável pelos gramados de todas as arenas envolvidas na Copa das Confederações), admitiu que visualmente fica a impressão de uma grama fofa, mas garantiu não haver qualquer influência no andamento do jogo. O excesso de partidas também é um fator complicador, segundo Azeredo.
- Na realidade já está sendo feita uma intervenção para evitar o excesso de grama. Infelizmente não deu tempo para fazer (a intervenção) nessa última semana porque tivemos três jogos em sequência (Fla-Flu, Fluminense x Corinthians e Botafogo x Inter). Na Fonte Nova e no Mineirão já fizemos isso e melhorou muito. O excesso acaba deixando a grama acolchoada. Na Copa (das Confederações) estava muito bom, mas a sequência de jogos acabou acolchoando mais. Mas o efeito é muito mais visual do que no jogo. O gramado está niveladinho, sem buraco nenhum. Não prejudica em nada. A grama arrepia, causa um efeito visual, mas ela não solta - esclareceu Azeredo.
Quanto a nivelamento, está tudo certo. A bola rola com perfeição, o gramado está niveladinho. Não tem buraco. No início do jogo, a grama está um espetáculo. No fim, ela só arrepia"
Paulo Azeredo, engenheiro da Greenleaf
A ausência do Engenhão, interditado desde março, atrapalhou o planejamento feito pela Greenleaf para a recuperação do gramado após os jogos. Ele ainda explica que o trabalho vem sendo feito com mais eficácia em arenas como a Fonte Nova e o Mineirão, onde só há um clube jogando constantemente:
- No início do ano deixamos o Engenhão um espetáculo, o gramado estava com 15 milímetros (de densidade). O ideal era que tivéssemos dois jogos por semana apenas, mas exatamente quando abriu o Maracanã fechou o Engenhão e acabou atrapalhando a gente. O ideal é que o gramado fique com 20 milímetros (de densidade) no inverno. No verão, o ideal é de 18mm a 20mm. O Maracanã estava com 23mm, e já baixamos para 21mm. Na Fonte Nova, onde só joga o Bahia, e no Mineirão, onde só joga o Cruzeiro, a gente tem tempo para trabalhar. O tempo ideal para desbastar a grama é de dez dias. A gente desbasta o gramado como passa aquela máquina no cabelo para arrepiar menos e diminuir o colchão de grama.
Assista aos melhores momentos de Botafogo 3 x 3 Inter:

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