sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Garantia e forma de pagamento ainda travam acordo entre Vasco e Fazenda

Clube vê acerto mais próximo, estima que até o fim de agosto resolva a questão, mas deixa funcionários e departamento de futebol apreensivos

Por Gustavo Rotstein e Raphael Zarko Rio de Janeiro
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Rafael Vaz, Santos x Vasco (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)Vasco estampa Caixa há oito rodadas, mas ainda
não assinou (Foto: Marcelo Sadio/Vasco.com.br)
Ainda não será nesta semana que o Vasco vai fechar, enfim, o acordo de renegociação de sua milionária dívida com a Fazenda. Na quarta-feira, houve mais uma reunião entre a diretoria do clube e a Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, em Brasília. A expectativa, conforme antecipara o diretor geral do Vasco, Cristiano Koehler, na última semana, era a de que as partes batessem o martelo, mas ainda há entraves, e as negociações continuam sem uma solução. O clube estima que até o fim de agosto consiga finalizar a questão, assinar o acordo, obter as certidões negativas de débito e desbloquear verbas.
O departamento jurídico do Vasco não abre muitas informações da negociação, que já está sendo costurada desde o início do ano. Anteriormente, ainda com outros advogados e outros dirigentes na gestão Roberto Dinamite, o Vasco já buscava uma solução para escalonar a dívida, que agora será paga em cinco anos - como prevê o acerto entre as partes. Com o desfecho positivo do caso, o clube obtém as certidões negativas de débito e então pode assinar com a Caixa Econômica Federal. Desde o jogo contra o Flamengo, no dia 14 de julho, quando estreou o patrocinador estampado no peito da camisa, o Vasco e o banco estatal firmaram parceria de cessão de uso até que possa ser assinado oficialmente o contrato de um ano de patrocínio. O clube ainda não pode receber a verba da CEF, porque poderia ter os valores penhorados pela própria ação da Fazenda, com a qual tenta acordo na Justiça.
Nos últimos ajustes do modelo de acordo, o Vasco tentava incluir na negociação outras dívidas tributárias que tem com o governo, além de negociar formas de pagamento e também as garantias financeiras do acerto. Somente em título de execução fiscal com a Fazenda são R$ 103 milhões. Porém, o Vasco vai usar os mais de R$ 20 milhões depositados em juízo - entre patrocínios e recursos advindos de contratos de transmissões de TV - para uma espécie de entrada da dívida com a Fazenda.
Para diminuir o incômodo do departamento de futebol e dos funcionários, o clube promoveu uma pequena reunião na terça-feira com o elenco. A esperança é que até o fim do mês o acordo com a Fazenda finalmente saia, e o Vasco, enfim, tenha em mãos as CNDs e o dinheiro da Caixa Econômica Federal, além da verba de outros patrocinadores e outros desbloqueios. A diretoria não pretende buscar mais empréstimos para saldar as dívidas com funcionários e jogadores neste momento. A solução, todos acreditam em São Januário, pode tardar mais um pouco, mas ainda está a caminho.

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