sábado, 23 de novembro de 2013

Veterano Heath Herring vira promotor de eventos de MMA na Argentina

Americano se torna vice-presidente do 'Combate Extremo' e diz que sucesso de público do evento possibilitará a realização de uma edição no Paraguai

Por Houston, EUA
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Heath Herring lutador de MMA (Foto: Getty Images)Heath Herring agora é promotor de eventos de MMA
na Argentina e no Paraguai (Foto: Getty Images)
Se fosse pedido a qualquer fã de MMA que dissesse o nome de um lutador que poderia se tornar um bom promotor de lutas na América do Sul, dificilmente surgiria um nome de alguém que não fosse brasileiro. E muito provavelmente ninguém sugeriria o nome do americano Heath Herring. O peso-pesado texano de 35 anos ganhou fama de "maluco" no MMA por sua postura agressiva, corte de cabelos sempre surpreendente e temperamento explosivo.
Um litígio com o UFC, que ainda o mantém sob contrato mesmo sem utilizá-lo em seus eventos, no entanto, fez com que Herring buscasse outras fontes de renda. Fazendo participações em filmes de ação, ele conheceu um argentino chamado Hector Echavarria, ex-kickboxer e diretor de cinema nos EUA.
- No último ano, quando filmávamos em Los Angeles, conheci o diretor argentino Hector Echavarria, que me perguntou se já pensara em realizar um evento de lutas na América do Sul. Eu disse que não, e não me aprofundei no assunto. Já conheci muita gente maluca na vida, e normalmente o que me dizem entra por um ouvido e sai pelo outro. Mas ele insistiu e disse que me convidaria para ir até lá. Não dei muita atenção. Terminamos as filmagens no fim de novembro ou início de dezembro do ano passado, e em janeiro ou fevereiro ele me ligou dizendo que minha passagem para Buenos Aires estava comprada. Na pior das hipóteses eu faria uma viagem de graça para a Argentina. Então decidi ir. E foi muito legal poder entrar em uma grande emissora de TV e conversar diretamente com o presidente - disse o lutador ao site "MMA Fighting".
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A viagem rendeu bons frutos. Herring firmou contrato com o Canal 13 da Argentina, uma das maiores emissoras do país, e realizou em julho a primeira edição do "Combate Extremo" em Buenos Aires. A atração ainda não foi ao ar, porque a grade de programação do canal está tomada com a propaganda política local. Atuando como vice-presidente do evento, o americano - que vem tendo aulas de espanhol e vem estudando "com muita seriedade", em suas palavras - se impressionou com o retorno que teve junto ao público.
- As pessoas que foram assistir ao torneio, que ficou lotado com seguramente mais de cinco mil fãs no local, estavam excitadas pela luta principal, entre Icho Larenas e Cristian Torres. A maioria dos atletas é da Argentina, e fiquei muito surpreso com a quantidade de talentos que conseguimos descobrir por lá. Usamos as regras unificadas do MMA, e o público não gostou muito das lutas que foram para a decisão dos juízes, mas acredito que isso aconteceu porque os argentinos perderam Nosso próximo evento será no Paraguai, que não é longe da Argentina. Mesmo assim, levar equipamentos como um satélite que custa milhões de dólares de caminhão por estradas precárias e com risco de interceptação por guerrilheiros ou rebeldes é um pouco estressante. É uma viagem de um dia, mas parece que é uma travessia intercontinental. Tem sido muito divertido estar do outro lado do mundo das lutas, vendo como as coisas são feitas e ajudando o projeto a se desenvolver. No fundo, em qualquer lugar do mundo, um evento de MMA é sempre a mesma coisa: quem está lá adora e sempre quer ver mais - disse Herring.

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