sábado, 28 de fevereiro de 2015

Medina relembra lesão no fim de 2013 e

 


revela melhores momentos até título


Campeão mundial não aponta rivais no circuito, conta que aéreo é manobra favorita 
e diz o que faz nas horas vagas: ficar na internet, sair com amigos e brincar com a irmã

Por Gold Coast, Austrália
Após conquistar o histórico título mundial para o Brasil no surfe, na lendária praia de Pipeline, no Havaí, Gabriel Medina foi indicado ao Prêmio Laureus World Sports, o "Oscar" do esporte. Ao se garantir no topo do mundo, ele igualou o recorde do americano Kelly Slater como o mais jovem campeão na elite, aos 20 de idade. A busca pelo bicampeonato começa nesta sexta--feira, com a abertura da primeira etapa do Circuito Mundial de Surfe (CT, o antigo WCT), e janela de espera até o dia 11 de março. Medina estreia na primeira fase contra Wiggolly Dantas e o americano Dane Reynolds, que garantiu a vaga na triagem para o evento principal. 
- As vitórias em Gold Coast e no Taiti foram maravilhosas e me deram muita confiança ao longo do ano. Ter vencido o evento de abertura me motivou e eu passei a acreditar mais em mim - contou Medina em uma entrevista exclusiva ao Laureus, após relembrar da lesão sofrida no Havaí, depois da última etapa do campeonato, quando fraturou a fíbula direita. 
Gabriel Medina evento WSL (Foto: WSL / Kirstin)Gabriel Medina com o troféu de melhor do mundo (Foto: WSL / Kirstin)
O paulista de São Sebastião, local da praia de Maresias, disputará o troféu na categoria "Melhor Atleta de Ação" de 2014 contra a seis vezes campeã mundial Stephanie Gilmore, da Austrália, o skatista americano Nyjah Huston, o snowboarder Sage Kotsenburg, o ciclista Danny MacAskill e Alan Eustace, recordista mundial de queda livre. O Laureus fez uma entrevista exclusiva com o mais novo ídolo do Brasil, relembrando alguns momentos da corrida pelo título, no ano passado, quem o surfista avalia como rivais no circuito, quais as manobras que mais gosta e o que prefere fazer nas horas vagas, quando está longe do mar. 
LAUREUS : Parabéns pelo ano maravilhoso. Como você se sente?
GABRIEL MEDINA: Obrigado. A sensação é incrível e melhor do que eu imaginava, eu estou muito feliz por ter conquistado o meu maior sonho, o objetivo que a minha equipe, família e eu trabalhamos duro para conseguir. 
Quais foram os melhores momentos do seu ano no Circuito Mundial?
Eu acho que as vitórias em Gold Coast e no Taiti foram maravilhosas e me deram muita confiança ao longo do ano. Ter vencido o evento de abertura me motivou e eu passei a acreditar mais em mim. 

No início do ano, você pensava que poderia conquistar o título mundial?
Honestamente, não. Eu tive um período difícil com a minha lesão no fim de 2013, mas depois de um tratamento intenso eu me recuperei bem. Graças a Deus, tudo correu perfeitamente bem.  

Em quem você se espelha no esporte?
Ayrton Senna, três vezes campeão da Fórmula, e Gustavo Kuerten, três vezes campeão de Roland Garros. Ambos número um do mundo e do Brasil. 

O último homem a vencer um título mundial aos 20 anos foi Kelly Slater - e você o venceu em uma competição (etapa de Teahupoo, no Taiti) no ano passado. O que você poderia dizer sobre o lugar dele na história do surfe?
Kelly é uma lenda, eu o admiro muito. Ainda é difícil dizer algo sobre isso, eu ainda tenho muitos anos pela frente na minha carreira, mas me sinto honrado por fazer parte da história agora e eu vou trabalhar bastante para ganhar mais títulos mundiais. 

Você tem um plano de carreira - quantos títulos mundiais você pensa que pode vencer?
Eu espero que muitos, mas eu vou me concentrar em cada bateria, em cada evento, e continuar lutando por mais títulos mundiais. 

Quem você pensa que são os seus rivais em 2015?
Eu acredito que os 36 surfistas que estão no circuito estão preparados. A nova geração está com tudo e brigando muito para ganhar espaço e vencer eventos; 

Você se sente que é o primeiro de um grupo de jovens surfistas - Kelly Slater e Mick Fanning estão competindo há muitos anos.

É muito bom estar liderando ou ser o primeiro a vencer dentro de uma nova geração. Kelly e Mick ainda tem muito para mostrar, por isso, este será um ano animado. 

Como você se sente ao ser indicado ao Prêmios Laureus?
Para mim é uma honra e eu estou muito feliz por esta indicação. O Brasil teve poucos representantes na premiação nos últimos anos, então o país está animado à espera do resultado final. 

Como seria ganhar o premio e ir até Xangai para recebê-lo?
Seria maravilhoso, é uma honra estar competindo com os melhores atletas. Estou muito animado com esta indicação. 

Por que o Prêmios Laureus tem tanto prestígio? É por que a Academia do Laureus que vota pelos vencedores é composta também por lendas do esporte, como Hawk e Robby Naish?
Sim, tem muito prestígio, com a presença de alguns dos melhores atletas e lendas do esporte. Este prêmio seria muito importante e lembrado para sempre na minha carreira. 

Quais dos seus truques e manobras você mais gosta de mostrar?

O aéreo, que é uma manobra da nova geração. As pessoas amam ver. 

Você tem uma boa relação com os seus fãs - você gosta de mídias sociais?
Sim, eu amo interagir com eles no Instagram, no Facebook e no Twitter. Especialmente por conta de todas as minhas viagens competindo pelo mundo, eu tento ficar conectado com os meus fãs, amigos e os que me apoiam. 

O que você gosta de fazer quando não está surfando? 
Eu gosto de ficar na internet, sair com os meus amigos, ouvir música e brincar com a minha irmã mais nova, Sophia. 

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