quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Campeão do WSOF, Marlon sonha com superluta com campeão do UFC

Dono do cinturão dos galos do World Series of Fighting, brasileiro mantém desejo de enfrentar os melhores e acredita que, em um ano, atletas do Ultimate podem migrar

Por Rio de Janeiro
Marlon Moraes, WSOF 22 (Foto: Reprodução/Instagram)Marlon Moraes comemora a vitória sobre Sheymon Moraes (Foto: Reprodução/Instagram)
Após defender seu cinturão peso-galo do World Series Of Fighting ao finalizar Sheymon Moraes no terceiro round, no WSOF 22, no último sábado, em Las Vegas (EUA), Marlon Moraes sonha alto. Em setembro do ano passado, o brasileiro disse que gostaria de ir para o Ultimate enfrentar os melhores. O desejo de lutar contra os principais nomes da divisão até 61kg permanece de pé, mas já acredita na ideia de encarar o campeão do UFC em uma superluta pelo próprio WSOF.
- Não mudou muita coisa, não (de setembro para cá). Quero lutar com os melhores, ser campeão do maior evento do mundo, mas tudo tem seu tempo. Hoje quero continuar no WSOF, mas amanhã ou depois não sei. O futuro a Deus pertence. De repente o campeão do UFC vem aqui lutar comigo. Quero o crescimento do evento. Estou tentando realizar o meu sonho aqui. Muita coisa tem mudado no UFC quanto a patrocínio, são muitas polêmicas, então nunca sabemos. O WSOF ainda é pequeno, mas está crescendo. Vejo que em um ano alguns atletas podem vir e estarei esperando por eles - afirmou, em entrevista ao Combate.com.
Se por um lado quer enfrentar os melhores, por outro, Marlon parece ter desistido de, ao menos no curto prazo, deixar o WSOF. Ele revelou ter recebido propostas dos principais eventos do mundo, inclusive o UFC, mas optou pela permanência.
- Meu plano é de me tornar um dos maiores detentores de cinturão do WSOF. Quero ficar aqui e entrar para a história do evento. Lutei no primeiro evento, já estamos no 22º e estou aqui, feliz, tenho um lugar maneiraço para trabalhar, lutas boas, é isso que quero continuar fazendo, dando show e mostrando que o Marlon está cada vez mais completo em todas as áreas. Estou muito feliz com a minha luta, mas sei que tenho que seguir melhorando. Tive a oportunidade de ir para qualquer evento que eu quisesse, todos estavam me querendo, mas o WSOF e eu temos uma história juntos, a proposta foi boa e resolvi ficar - contou.
Marlon Moraes, WSOF 22 (Foto: Steve Bauzen / Divulgação WSOF)Marlon Moraes com o cinturão após ser declarado vencedor no WSOF 22 (Foto: Steve Bauzen / Divulgação WSOF)
Sobre o triunfo em cima de Sheymon, Marlon enalteceu o rival após ter mais uma atuação dominante na organização, alcançando seu oitavo resultado positivo em oito combates pelo WSOF.
- Eu já sabia que o Sheymon era duríssimo. A primeira luta dele no evento não mostrou o que ele realmente é. Já o acompanhava das lutas no Brasil, sei que ele é completo, mas eu estava preparado para lutar MMA. Independentemente de ser em pé, no chão ou em queda, era MMA. Minha postura, movimentação, foi isso que achei que poderia fazer a diferença. Estava lutando em pé, mas era MMA. Eu o acertei, vi que ele sentiu e, normalmente, quando o cara sente uma pancada, a reação fica mais lenta. Logo que vi que ele estava grogue no chão, fui para a frente, ataquei, sem ficar só segurando no chão. Já parti para a finalização mesmo - elogiou.
MARLON VÊ SITUAÇÃO DE TOQUINHO "DÍFICIL DE JULGAR"
Marlon também comentou a situação de Rousimar Toquinho, que fez a luta principal no WSOF 22, quando finalizou Jake Shields no terceiro assalto, defendendo o cinturão do peso-meio-médio, mas foi destituído do título e suspenso por tempo indeterminado pela organização por ter segurado demais a kimura e tocado os olhos do americano com os dedos em alguns momentos do confronto.
- Eu não posso opinar muito porque não assisti a luta, estava nos bastidores fazendo entrevista, o médico estava me checando, mas, pelo que vi, o Toquinho segurou um pouco mais a kimura. Até achei que segurou, mas é difícil. Naquela hora é muito nervosismo, o juiz tem que te tirar. O juiz estava tirando, acho que ele segurou um pouco mais, mas, durante a luta, não tive a oportunidade de ver nada. Não vi as dedadas no olho - declarou, acrescentando que não é algo fácil de ser julgado.
- Não sei se deveriam tirar o cinturão, mas, como falaram, tinham que fazer algo. Algo tinha que ser feito, mas o Toquinho tem um coração bom, falam demais dele. Finalização é fogo. O cara estava escorregadio, se solta um pouco, de repente o cara se defendia. O Shields é experiente. É uma situação muito difícil de julgar - concluiu.

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