segunda-feira, 28 de março de 2016

Dedé revela papo com a equipe após dois casos recentes de doping no time

Amilcar Alves foi flagrado em teste feito no Shooto Brasil, em agosto do ano passado, e Feilpe Olivieri, atleta do UFC, foi pego pela USADA em exame fora de competição

Por Rio de Janeiro
Dois casos de doping na Nova União fizeram o treinador Dedé Pederneiras ligar o sinal de alerta. Habituado a conversar com seus comandados sobre os perigos da utilização de substâncias proibidas, o técnico contou que teve nova conversa com a equipe após o mais recente deles, do lutador do UFC Felipe Olivieri, em exame fora de competição feito pela USADA (Agência Americana Antidoping), que flagrou o uso de metil-testosterona, substância que ajuda a aumentar a força e evitar a fadiga. O resultado foi divulgado este mês, e Dedé, apesar de acreditar na inocência de Olivieri e aguardar o resultado da contraprova, aproveitou para conversar com toda a equipe.
- Depois desse negócio a gente conversou e explicou tudo de novo. Quem estiver fazendo uso, mesmo mentindo para mim, lá na frente vai pagar com a vida. Não vale o risco. O momento competitivo é um momento muito curto da vida do cara. O que pode acarretar em uma situação dessa é que ele perde muitos anos da vida dele morrendo cedo. E aí não adianta nada ser o super campeão porque não consegue nem gastar o dinheiro que ganhou - avisou Dedé, em entrevista para o Combate.com.
Dedé Pederneiras UFC MMA (Foto: Raphael Marinho)Dedé Pederneiras conversou com a equipe após caso de doping de Felipe Olivieri (Foto: Raphael Marinho)
Além de Olivieri, o outro atleta da Nova União flagrado foi Amilcar Alves, pela luta feita em agosto do ano passado contra Rafael Viana, no Shooto Brasil 56, quando foi pego por uso de 19-norandrosterona, metabólico do esteroide nandrolona, pela CABMMA (Comissão Atlética Brasileira de MMA). O teste fez Amilcar perder o cinturão do peso-meio-pesado (até 93kg) da organização. No caso de Felipe, Dedé ainda aguarda o resultado da contraprova e acredita na inocência de seu pupilo.
- É difícil você falar sobre negócio de doping. Primeiro, que você não está o tempo todo com todo mundo. A partir do momento que o atleta fala para mim que não está tomando nada, eu tenho que acreditar no atleta. No caso do Felipe, pedimos a contraprova, vamos continuar a fazer o que tem que ser feito para provar a inocência de quem foi pego. O Felipe fala que não tomou nada. Tenho que acreditar no atleta que tenho na academia; Vamos pedir a contraprova e ver o que pode ter acontecido - explicou.
Para Dedé, mais importante do que tentar se beneficiar de substâncias na tentativa de obter melhores resultados na carreira, é ter uma vida longa e saudável.
- Eu sempre falo, muito antes de começar isso de doping, que sou totalmente contra tomar qualquer coisa. Eu mostro para todo mundo. Dou aula vai fazer 30 anos. Tenho faixa-preta que me visita e tem 60 anos. Isso vale muito mais do que ter um cara campeão que morra 10 anos depois. Sabemos que quem toma essas m... vai ter algum treco. Prefiro ter um cara que me visite, vá lá conversar comigo, ter aquele cara como amigo até ele morrer por causas naturais do que alguém ter uma m... dessas, ser um super campeão e morrer. Isso que a gente conversa e vai continuar conversando - concluiu.

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