quinta-feira, 9 de junho de 2016

Kazim herda a 10 de Alex no Coritiba e conta ter pedido "bênção" ao ex-meia

Atacante turco foi apresentado nesta quinta-feira no CT da Graciosa. Jogador comemora o número, mas acredita que camisa simbólica deveria ser aposentada

Por Curitiba
Kazim (Foto: Gabriela Ribeiro)Reforço do Coritiba, Kazim vai vestir camisa 10, que não era usada desde a aposentadoria de Alex (Foto: Gabriela Ribeiro)


Com respeito à camisa, o novo atacante turco do Coritiba, Kazim, foi apresentado na tarde desta quinta-feira, no CT da Graciosa. O jogador é o novo dono do número 10, que não era usado desde que Alex deixou os gramados, em dezembro de 2014.
– Para mim, herdar a camisa 10 é uma honra. Todo mundo queria me dar a camisa. É um gesto incrível, mas em primeiro lugar eu estava receoso, não sabia se queria pegar este número. Para mim, como é no basquete, uma camisa que representa muito e deveria ser aposentada, nenhum jogador deve usá-la depois de um ídolo – afirmou Kazim, ao transparecer uma atitude respeitosa em relação à história do clube. 
Com contrato até dezembro de 2017, o atacante fez questão de pedir a Alex para usar a camisa que o ídolo costumava vestir no Coritiba. De acordo com Kazim, o antigo dono deu aval positivo para que ele ocupasse o número. 
– Normalmente, essa camisa deveria estar no céu em algum lugar onde todos possam ver. Eu perguntei ao Alex se era possível pegar a camisa dele. Não porque eu sou imaturo, mas porque eu tenho respeito por ele. Ele foi meu capitão. Ele me deu a bênção para usar a camisa e foi uma decisão mais fácil. 
 Eu perguntei ao Alex se era possível pegar a camisa dele. Não porque eu sou imaturo, mas porque eu tenho respeito por ele. Ele foi meu capitão. Ele me deu a bênção para usar a camisa e foi uma decisão mais fácil
Kazim, novo atacante do Coritiba
Havia outras opções de clube para Kazim, mas a escolha pelo Coritiba teve apelo emocional. O jogador revelou que o capitão foi decisivo para que ele quisesse vestir a camisa alviverde e morar em Curitiba. 
– Eu sempre quis jogar no Brasil, porque acho que o campeonato é muito competitivo e forma alguns dos principais jogadores do muito. É difícil de ser jogada. Eu tive algumas opções no Brasil e no exterior, mas quando falei com Alex, foi uma decisão fácil de ser tomada. 
Quando falou sobre as principais dificuldades que vai ter no Brasil, Kazim excluiu o idioma da lista. O jogador é casado com a brasileira Mariana, que acompanhou atentamente a apresentação do marido. 
– Eu falo um pouco português. Eu entendo bastante. Eu muito tímido. Eu jogador de futebol, falo pouco. Muito feliz para vir aqui. I realize my dream [sic]– disse o atacante, entre sorrisos e na tentativa de falar na nova língua. 
Depois de arranhar algumas palavras, Kazim pediu ajuda ao tradutor. Mas mostrou domínio dos principais termos e pediu, diversas vezes, que as perguntas a ele dirigidas em português fossem feitas em um ritmo pausado. 
– Eu posso falar algumas coisas em português e é muito gratificante falar com minha esposa e meus filhos. Eu não falo no campo – completou o jogador, em inglês.
O atacante de 29 anos deve estar disponível para estreia quando começar a janela de transferências para o exterior, em 20 de junho. Dependendo das condições físicas e da escolha do técnico Pachequinho, o estrangeiro poderia estrear contra o Internacional, em 23 de junho, no Couto Pereira. 
Estilo de jogo
 – Eu nunca tive problema para jogar futebol. É o que eu faço, é o que eu acho que sou bom em fazer. Mas, algumas vezes, meu estilo é diferente. Eu luto até o último segundo, não importa se estamos ganhando ou perdendo. O jogo tem é de aproximadamente 95 minutos e eu luto até o minuto noventa e cinco. Algumas vezes, algumas pessoas não gostam disso. Eu posso trazer coisas diferentes para o time. O jeito que eu jogo, eu luto até o último segundo, eu odeio perder mais do que eu amo ganhar. Eu luto, eu corro e tenho um grande coração. O resto você pode ver no YouTube. Não tenho problemas com o jeito de jogar futebol.
 Eu posso trazer coisas diferentes para o time. O jeito que eu jogo, eu luto até o último segundo, eu odeio perder mais do que eu amo ganhar. Eu luto, eu corro e tenho um grande coração 
Colin Kazim-Richards, inglês naturalizado turco
Adaptação
– Eu acho que todos conhecem minha história. Sou rápido para me adaptar a diferentes culturas. Minha cultura em casa é muito similar a de vocês, minha esposa e meus filhos falam inglês e português na mesma medida. Para todos nós, estar aqui é inacreditável. Talvez a coisa mais difícil que eu vou enfrentar será realmente jogar. Eu estou aqui para fazer isso, mas é um tipo de futebol diferente. Eu sei que aqui há muitos jogadores qualificados. Espero que seja uma adaptação fácil. Assim como com outros jogadores, com Edinho e com outros que assinaram nos últimos dias.
Polêmicas
– Nada vai ficar no meu caminho. O único 'problema' que quero ter é o futebol, nada mais. Nada vai ser muito difícil ou muito fácil. Mas quero dizer que, não vai haver problemas com minha casa ou meus filhos, se meus filhos vão para a escola, se acontecer alguma coisa em Curitiba. O contato com o clube tem sido perfeito. Eu só vou me concentrar com o futebol.
Colin Kazim
Nome completo: Colin Kazim-Richards
Local de nascimento: Leyton, Inglaterra
Data de nascimento: 26/08/1986 (29 anos)
Clubes: Bury-ING (2004/05), Brighton & HA-ING (2005 a 2007), Sheffield United-ING (2006/07), Fenerbahçe-TUR (2008 a 2010 e 2010/11), Toulouse-FRA (2009/10), Galatasaray-TUR (2011 a 2012 e 2013/14), Olympiakos-GRE (2011/12), Blackburn Rovers-ING (2012/13), Bursaspor-TUR (2013/14), Feyenoord-HOL (2014 a 2016) e Celtic-ESC (2015/16).

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