Marin diz respeitar decisão de Diego Costa, mas aciona o jurídico da CBF
Presidente da entidade afirma que departamento jurídico verá 'quais medidas poderão ser tomadas em defesa do futebol brasileiro'
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O presidente da CBF (Confederação
Brasileira de Futebol), José Maria Marin, disse respeitar a opção do atacante
Diego Costa, que defenderá a seleção da Espanha e acabou desconvocado de dois
amistosos da seleção canarinho em novembro. Após dizer que lutaria para contar
com o jogador na equipe comandada por Luiz Felipe Scolari, o dirigente disse
que, a partir de agora, quem cuidará do caso será o departamento jurídico da
CBF - ele não explicou o que quis dizer com isso (veja no vídeo).
Na terça, em evento de definição dos Centros de Treinamento de Seleções da Copa, Marin havia prometido “ir até as últimas instâncias” para ter o atacante
do Atlético de Madrid no elenco brasileiro, citando boa relação com a Federação
Espanhola. Nesta quarta-feira, na sede da Federação Paulista, o mandatário
pregou respeito à decisão de Diego Costa, mas avisou: tomará providências em
defesa da Seleção. – Ele (Diego Costa) teve opção de escolha. Como dirigente da CBF, vou me reunir com o (Luiz) Felipe Scolari, mas não há mais nenhuma possibilidade de o jogador ser novamente convocado. Tenho minha responsabilidade de ser presidente e também vou me reunir com a diretoria e o departamento jurídico para ver quais medidas poderão ser tomadas em defesa do futebol brasileiro – afirmou.
Sem citar o que planeja fazer nos bastidores para dar uma espécie de resposta a Diego Costa, José Maria Marin reforçou a confiança no técnico Luiz Felipe Scolari e afirmou que apoiará qualquer decisão do treinador. O presidente acredita que a postura do atual comandante seja condizente ao que pensa a cúpula da CBF, independentemente do assunto.
Contrariado com a decisão do jogador de defender a Espanha, Scolari foi duro ao comentar a atitude do atleta, que registrou em cartório a vontade de atuar pela Fúria. O técnico disse que Diego Costa estava “dando as costas para o sonho de milhões”. O atacante havia enviado um comunicado endereçado ao secretário-geral da CBF, Julio Avelleda. Com o documento em mãos, Felipão tomou a decisão de desconvocar o atleta dos jogos contra Honduras e Chile, nos dias 16 e 19 de novembro.
– O departamento jurídico tem total autonomia de tomar providências em defesa do que julga ser do interesse da CBF. Eu não entro nesse mérito. O que posso reforçar é que respeitamos totalmente as decisões do (Luiz) Felipe Scolari, em qualquer condição. Sou totalmente solidário aos comportamentos, atitudes e decisões dele – completou Marin.
Fora da seleção brasileira na Copa das Confederações, Diego Costa se tornou um dos maiores destaques do futebol europeu ao se firmar como artilheiro do Campeonato Espanhol, com 11 gols em 10 jogos. O técnico Vicente Del Bosque vinha encontrando problemas com as opções da seleção espanhola no ataque, como David Villa e Fernando Torres.
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