terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Flu e Vasco não comparecem, e Ferj
marca o clássico para o Engenhão

Estádio, rebatizado pelo Botafogo com nome de Nilton Santos, receberá duelo
diante de impasse sobre ocupação da arquibancada do Setor Sul do Maracanã

Por Rio de Janeiro
Os presidentes de Fluminense e Vasco, Peter Siemsen e Eurico Miranda, não compareceram à reunião marcada para a tarde desta terça-feira, na sede da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj). O encontro era uma tentativa de entendimento entre os dirigentes a respeito da ocupação da arquibancada do Maracanã no clássico entre as equipes, no próximo dia 22, pela sexta rodada do Campeonato Carioca. O Vasco sustenta ter o direito de colocar sua torcida à direita da tribuna de imprensa, local que sempre ocupou até a assinatura do contrato entre o Fluminense e o Consórcio Maracanã, empresa que ficou com a concessão para operar a arena após a reforma para a Copa do Mundo.
Engenhão arquibancada (Foto: Cauê Rademaker / GloboEsporte.com)No Engenhão, torcida do Vasco ficará nos setores Leste e Sul, e do Flu, no Norte e Oeste (Foto: Cauê Rademaker)
Com a ausência dos dirigentes dos dois clubes, a prerrogativa da decisão ficou para a Ferj, e a partida foi marcada para o Engenhão – os torcedores do Vasco ficarão nos setores Leste e Sul, e os do Fluminense, nos setores Norte e Oeste. O presidente da federação, Rubens Lopes, passou a tarde reunido com o diretor de competições, Marcelo Vianna, e o vice geral da entidade, Jose Luis Martinelli, até a definição do local do clássico. À noite, eles emitiram uma nota oficial (veja no fim da matéria) explicando os motivos que levaram a essa decisão, entre os quais se destacam a cláusula de confidencialidade que os impede de ver o contrato entre Fluminense e o Consórcio Maracanã, além de ser uma medida para evitar violência entre torcidas do lado de fora do estádio. Entretanto, segundo o comandante do Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe), João Fiorentini, que esteve na entidade, a PM já havia garantido condições para o clássico ser realizado em qualquer um dos dois palcos.
No acordo entre Fluminense e concessionária do Maracanã, com duração de 35 anos, os tricolores garantiram o uso do setor à direita da tribuna de imprensa para sua torcida, e assim se criou o impasse. Eurico Miranda já repetiu em diversas entrevistas que não abre mão de que os vascaínos fiquem no seu lugar tradicional, direito conquistado no campo pelo fato de o clube ter sido o primeiro campeão carioca depois da construção do estádio.
Megafoto Maracanã Vasco x Fluminense (Foto: Marcio Rodrigues / Megafoto)Em partida no Maracanã no último estadual, com mando do Vasco, a torcida cruz-maltina ficou no setor Norte. Quatro clássicos foram disputados no estádio após a reabertura para clubes, em 2013 (Foto: Marcio Rodrigues / Megafoto)
Peter Siemsen, por outro lado, quer que o contrato seja respeitado, já que a utilização do local afeta sua operação no estádio, e também não abre mão do espaço. A Ferj, por sua vez, entende que o clássico no estadual não tem mando de campo, por isso deu garantias ao clube cruz-maltino.

Em meio às discussões sobre a questão dos ingressos, por ora resolvida com ajuda do secretário estadual da Casa Civil, Leonardo Espíndola, o governo foi consultado sobre os acordos com os clubes e a concessionária e se manifestou no sentido de respeitar os contratos existentes. Por email, no dia 30 de janeiro, a Casa Civil se posicionou sobre os preços do estadual: "O Governo do Estado acompanha a questão e acredita que haverá um entendimento entre as partes envolvidas, respeitando os contratos celebrados."
Documento FERJ (Foto: Reprodução)Documento oficial da Ferj marcando o clássico entre Fluminense e Vasco para o Engenhão (Foto: Reprodução)

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