segunda-feira, 30 de março de 2015

Bethe garante que voltará ao Rio para luta com Ronda mesmo após ameaças

Abalada com repercussão do caso, lutadora mostra mensagens recebidas pelas 
redes sociais e diz que taxista só a acusou após saber que era atleta do UFC

Por RIo de Janeiro
Edelson Silva e Bethe Correia (Foto: Reprodução / Instagram)Bethe Correia e Edelson Silva: lutadora se defendeu e disse que não se envolveu na briga (Foto: Reprodução / Instagram)
A lutadora brasileira Bethe Correiaficou surpresa e assustada com a repercussão da confusão envolvendo ela, sua irmã, seu namorado e um taxista no Rio de Janeiro no último fim de semana. A atleta paraibana, que está escalada para enfrentar Ronda Rousey pelo cinturão peso-galo do UFC em 1º de agosto na capital fluminense, está listada como "envolvida" no boletim de ocorrência registrado na 42ª DP (Recreio) da cidade, mas aponta para o vídeo da briga, capturado pelas câmeras de segurança de um hotel, para provar sua inocência de qualquer participação ativa. Além disso, Bethe recebeu ameaças de morte pelas redes sociais, mas garantiu que isso não vai impedi-la de voltar ao Rio para treinos, ações de divulgação do UFC 190 e para a luta em agosto.
A lutadora da equipe Pitbull Brothers enviou ao Combate.com imagens de algumas das mensagens ameaçadoras que ela e seu namorado, o lutador e treinador de boxe Edelson Silva, receberam pela internet na última semana. Uma das mensagens diz que o que foi feito "com o taxista não vai ficar assim" e que os dois "vão pelo ralo". Outra chama Edelson de "macaco" e exibe uma pistola.
- Se eu precisar ir ao Rio, eu vou, mas vou com medo, porque estou recebendo ameaças de morte. Eu estava só tentando apaziguar as coisas. Acho um escândalo muito grande para coisa muito pouca. Eu estou triste porque amo o Rio e estava muito feliz em lutar no Rio, mas vou continuar focada para fazer a melhor luta e evento nessa cidade maravilhosa, que confio que me dará assistência - afirmou Bethe.
Ameaça de morte a Bethe Correia (Foto: Arquivo Pessoal)O texto de uma das ameaças de morte a Bethe Correia e Edelson Silva (Foto: Arquivo Pessoal)
O caso foi encaminhado ao 9º Juizado Criminal Especial da Barra, e uma audiência está marcada para 9 de junho, mas a lutadora não sabe ainda se será intimada a depor. Ela aponta para o vídeo publicado na internet, que mostra o taxista, Cleonardo de Freitas Alves, supostamente conversando com um funcionário do hotel e analisando as imagens da câmera de segurança, como prova de que o motorista nem sequer sabia quem ela era e tentou envolvê-la para ganhar notoriedade.
- Agora é que ele está querendo me acusar para aparecer, porque a briga dele foi com o Edelson. Eu não queria brigar com ele, dei dinheiro a mais, dei sete reais, falei "Vamos embora, não vamos brigar". É só ver o vídeo que você vê que ele é safado. Você pode ver o sarcasmo dos dois, com certeza pensando o que podiam ganhar com aquilo. Senti maldade, mas estou tranquila. Deus é maior - disse a lutadora, que ainda reclamou de não ter recebido assistência do hotel, do qual era hóspede.
O começo do vídeo mostra o taxista indo para a porta da frente do carro e sendo perseguido por Suzana Correia, irmã de Bethe, e por Edelson. Segundo a atleta, ali, o motorista já havia discutido e trocado palavrões com o treinador devido à desistência do grupo de seguir viagem de carro com ele, e estava ameaçando pegar um revólver no porta-malas. Bethe parece tentar apartar a briga na maior parte da confusão, e apenas desfere um chute em sua direção. Ela mantém sua inocência e garante que só entraria na briga se tivesse de proteger a si ou à sua irmã.
- Eu sei que sou conhecida e que represento o esporte. Então não vou brigar, a não ser que ele venha para cima da minha irmã. Mas estava tudo sob controle, e o Edelson estava nos defendendo. Ele não estava ali mais como um lutador, estava como homem, protegendo sua família. Imagina o que você faria se um homem tentasse pegar uma arma para ameaçar sua família? Eu nunca briguei na rua, nunca na minha vida. Antes de ser lutadora, eu era contadora, intelectual, nunca briguei na rua. E não briguei agora, apenas presenciei e fiquei rezando para acabar isso - se defendeu Bethe.

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