Adversário de "lutador-herói" no WSOF detona: "Nada de heroico nele"
Ex-membro do Exército, Emmanuel Walo diz que Ben Fodor apenas quer atenção com alterego "Phoenix Jones" e tira o foco de "heróis de verdade" como policiais e médicos
A estreia do peso-meio-médio Ben Fodor é uma das principais atrações do WSOF 20, nesta sexta-feira, em Ledyard (EUA). Conhecido por seu alterego, o vigilante mascarado "Phoenix Jones", o lutador de Seattle ganhou tanta publicidade devido aos seus feitos no combate ao crime que o site do World Series of Fighting (WSOF) saiu do ar durante a tarde de quinta, por causa dos inúmeros acessos às matérias sobre ele. Do outro lado do espectro, está seu adversário, o desconhecido Emmanuel Walo. Na pesagem do evento, na quinta, o aluno de Renzo Gracie fez o que pôde para intimidar o "lutador-herói" e falou bastante em seu ouvido.
Emmanuel Walo (dir.) tenta intimidar Ben Fodor na encarada após a pesagem do WSOF 20 (Foto: Reprodução/Facebook)
O tempo ruim entre os dois não parece ser mero show para atrair ainda mais público para a luta. Walo, que serviu no Exército americano após escapar da guerra civil na Libéria ainda na infância, se mostrou ofendido que Fodor tente patrulhar as ruas de Seattle sob uma máscara e roube a admiração de "heróis de verdade".
- Eu não acho nada de heroico nele. Não estou tentando ser implicante ou algo assim, mas acho que os verdadeiros heróis são os policiais, os paramédicos, os socorristas que patrulham suas comunidades todos os dias. Suas boas ações passam despercebidas. Este cara está se fantasiando e usando suas habilidades de MMA para lutar com pessoas na rua e usar spray de pimenta. Ele está se colocando diretamente em perigo para receber atenção. Ele não é alguém genuíno - detonou Walo, em entrevista ao site "MMA Junkie".
Emmanuel Walo serviu no Exército dos EUA (Foto: Reprodução/Facebook)
Embora o lutador da Renzo Gracie reconheça o impacto positivo que Phoenix Jones tem em Seattle, ele acusou o adversário de usar da notoriedade do personagem para conseguir um contrato no WSOF.
- Acho que é mais uma forma de chamar a atenção. Os policiais e bombeiros e paramédicos não têm câmeras atrás deles para que possam postar seus vídeos no YouTube ou fazer uma entrevista sobre (seus feitos). Eles estão ali realmente pelo povo e para fazer um trabalho, não para se fazerem parecer mais do que são. Realmente não gosto muito dele. Eles vieram com essa grande oportunidade de enfrentá-lo no card principal, não pude dizer não - explicou.
Apesar do desdém que Walo tem pelo personagem, ele mostrou respeito por Ben Fodor como lutador. Vencedor de sete de suas 10 lutas na carreira, o americano busca recuperação após sofrer um nocaute em apenas 11s em sua última apresentação e sabe que não pode menosprezar as capacidades do oponente dentro do cage.
- Qualquer um que tem tanta experiência, acho que ele teve tipo 15 vitórias e duas derrotas como amador e está com 5-0 como profissional (Nota do editor: Fodor também tem um empate no cartel oficial), é alguém que você precisa levar a sério. Eu estaria mentindo se dissesse que não o levei a sério. Eu o levei muito, muito a sério. Quanto às suas habilidades, acho que ele é bom em todos os lugares. Quero voltar a impor minha vontade. Este é meu objetivo nesta luta - disse Walo, que treina com Frankie Edgar e Marlon Moraes.
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