segunda-feira, 1 de junho de 2015

Ju Thai aposta em "jeitinho mineiro" para chegar ao cinturão do Ultimate

Após vitória sobre finalizadora Ericka Almeida, Juliana Lima se diz surpreendida com desempenho na luta agarrada, e prefere não projetar próximas adversárias no UFC

Por Direto de Goiânia
A julgar pelo apelido, a vitória de Juliana Lima, a "Ju Thai", em cima de Ericka Almeida no UFC Goiânia foi surpreendente. A mineira da Gracie Barra dominou o combate no chão, e não em pé, durante três rounds, superando por pontos a adversária, que vinha de sete vitórias por finalização em seu até então invicto cartel. Feliz com o resultado, a peso-palha revelou ter tirado peso das costas ao derrotar a estreante no Ultimate, que substituiu Jessica Penne após a americana ser chamada para lutar pelo cinturão.
- Estou muito satisfeita com a vitória, mais uma, a segunda consecutiva. Lutei contra uma menina dura no jiu-jítsu, que me surpreendeu com a mão pesada. Era para ter me movimentado no primeiro round, mas fiquei parada, e ela me acertou uma bomba e me botou para baixo. Foi a primeira luta de três rounds e a primeira derrota dela. Tirei um peso das costas, porque muita gente me cobrava por ela ser uma menina que acabou de chegar. Perguntando como seria se eu perdesse. Acaba ficando com aquela obrigação, por não ser estreante - disse após a luta.
Ju Thai (Foto: Raphael  Marinho)"Tomando cafezinho e comendo pelas beiradas", Ju Thai sobe aos poucos no ranking peso-palha (Foto: Raphael Marinho)


Apesar de impressionada com o desempenho na luta agarrada, Juliana Lima garante que não usou 100% do seu potencial. Foi sua segunda vitória em três lutas no Ultimate. Só perdeu na estreia, contra a atual campeã Joanna Jedrzejczyk. Depois disso, ganhou de Nina Ansaroff e enfrentaria Jessica Penne no UFC Goiânia em seguida. Com a contusão de Alexander Gustafsson, porém, o UFC teve que mudar o evento principal da edição que será realizada em Berlim, escalando Penne e Jedrzejczyk para competirem pelo cinturão no próximo dia 20 de junho.
A troca fez com que Ju Thai fosse colocada frente a uma lutadora pior ranqueada. Com seu jeito mineiro, "tomando cafezinho e comendo pelas beiradas", Lima acredita que a mudança não foi necessariamente ruim. Segundo ela, esse tipo de coisa não acontece por acaso:
- O que a gente mais precisa é experiência para se sentir à vontade. De repente, essa luta veio para eu me sentir mais confortável para as próximas. A Ericka é uma menina dura, com a mão dura. Foi uma luta excelente. E eu, que sou mineirinha, vou comendo pelas beiradas, tomando cafezinho, e daqui a pouco pego um top 10, uma top 5, até chegar ao cinturão para levar pra BH.
Como próxima oponente, a brasileira prefere não escolher nomes, mas busca subir na divisão até "trazer o título para Belo Horizonte". Seus treinadores acreditam que mais duas vitórias a levam à luta por cinturão, mas Lima prefere não fazer projeções.
- Eu não sei se faltam só duas lutas. Sou funcionária do UFC e vou esperar o que vem. Aos pouquinhos, vou ganhando duas, três, até chegar lá. Na medida em que a gente vai ganhando, o UFC vai colocando alguém melhor ranqueado. Era para ser a Jessica dessa vez, por exemplo. Nunca escolhi luta, não vai ser agora que eu vou escolher - falou.

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