Sem ligar para comparações, Cruz avalia TJ: "Teve que simular estilo"

Ex-campeão fala sobre revolução no modelo de luta que trouxe ao MMA e classifica "aprendizado orgânico" de Dillashaw. Luta acontece neste domingo, em Boston

Por Adriano Albuquerque, Evelyn Rodrigues e Raphael MarinhoLas Vegas, EUA

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Dominick Cruz: "O que cria confiança é preparação. Essa confiança vai brilhar na noite da luta" (Foto: Evelyn Rodrigues)

TJ Dillashaw e Dominick Cruz se enfrentam neste domingo, em Boston, em disputa pelo cinturão dos galos do UFC. Na semana que antecede o confronto, críticos destacam a semelhança do estilo de luta entre o atual e o ex-campeão da categoria. Cruz prefere manter-se alheio às comparações e garante não se incomodar com os comentários. O foco é ele, seu estilo de luta e a confiança em mostrar que, apesar de ser o desafiante da vez, é o melhor do mundo.

- Não me incomoda (a comparação). É um olhar leigo observando algo que está um passo à frente. Minha opinião é que não somos nada parecidos nos nossos estilos, e algumas pessoas não sabem o que estão vendo. Há algumas coisas (iguais), pois estamos lutando e não há tantas formas assim de lutar. Não há tantas formas de socar as pessoas, de armar socos, de armar chutes e combinações. Eu era um dos melhores na divisão e ainda sou. Quando limpei a divisão, as pessoas precisavam me estudar e tirar algo, ou pareceriam bobos. Ele também teve de simular meu estilo para preparar seus companheiros. Isso não significa que ele está tentando ser eu, que ele roubou meu estilo; só significa que ele aprendeu algumas coisas organicamente - declarou em entrevista ao Combate.com.

TJ Dillashaw x Dominick Cruz fazem luta principal deste domingo, em Boston (Foto: Adriano Albuquerque)

Sobre a “revolução” que causou, principalmente na categoria, o ex-campeão peso-galo cita a influência do boxe na formatação de seu estilo.

- Não quero dizer aqui que “mudei o jogo”, porque este é o objetivo, não é? Veja Muhammad Ali: eu tirei algo dele no boxe. Veja como ele se movia fluidamente, como ele era leve com os pés. “Voa como borboleta, pica como abelha”: ele estava flutuando, era o único peso-pesado no mundo a flutuar. Ninguém mais fazia isso. E eu disse: “ninguém está fazendo isso no MMA”. Eu só trouxe uma nova visão. Não consegui todos os nocautes belos com isso, mas eu sofria menos estragos que todos na divisão por causa disso também. Estou disposto a não ter tanto poder para você não me tocar. Não quero que me toque. Não me toque!

Entre uma ou outra avaliação sobre Dillashaw, "The Dominator", que não luta desde setembro de 2014 por conta de uma lesão no joelho, se mostra bastante seguro para o seu retorno ao octógono e se diz pronto para retomar o posto de campeão.

- Acredito que sou (o melhor), por isso que estou aqui. Não vou entrar lá e enfrentar esse cara se não acredito ser o melhor do mundo. Acredito ser o melhor do mundo pela forma como me preparo. Treino muito duro. O que cria confiança é preparação. Essa confiança vai brilhar na noite da luta. Não importa o julgamento de vocês, vou entrar confiante de que vou vencer. 

UFC: Dillashaw x Cruz
17 de janeiro de 2016, em Boston (EUA)
CARD PRINCIPAL - a partir de 1h (horário de Brasília)
Peso-galo: TJ Dillashaw x Dominick Cruz
Peso-leve: Anthony Pettis x Eddie Alvarez
Peso-pesado: Travis Browne x Matt Mitrione
Peso-leve: Ross Pearson x Francisco Massaranduba
CARD PRELIMINAR - a partir de 21h (horário de Brasília)
Peso-meio-médio: Patrick Côté x Ben Saunders
Peso-leve: Chris Wade x Mehdi Bahgdad
Peso-médio: Tim Boetsch x Ed Herman
Peso-pena: Maximo Blanco x Luke Sanders
Peso-leve: Paul Felder x Daron Cruickshank
Peso-meio-pesado: Ilir Latifi x Sean O'Connell
Peso-pena: Charles Rosa x Augusto Tanquinho
Peso-galo: Rob Font x Joey Gomez
Peso-meio-pesado: Francimar Bodão x Elvis Mutapcic