domingo, 25 de janeiro de 2015

Capixaba está na seleção feminina permanente convocada pela CBF
Aos 29 anos, a meia-atacante Gabriela Zanotti vive a expectativa de participar de sua primeira Olimpíada

Seguindo o modelo americano, a CBF anunciou nesta semana que a seleção brasileira de futebol feminino agora vai ser permanente, com dedicação total à entidade pelas atletas convocadas para vestir a amarelinha. E a capixaba Gabriela Zanotti está entre o grupo que dará início a preparação nesta segunda-feira, na Granja Comary, em Teresópolis, Rio de Janeiro.

Aos 29 anos, a meia-atacante Gabriela Zanotti vive a expectativa de participar de sua primeira Olimpíada, já que em Londres, 2012, ela esteve na preparação, mas foi cortada por conta do número permitido de jogadoras inscritas. Em Vitória, de férias, após ter terminado seu contrato com o futebol coreano, ela comentou sobre as mudanças promovidas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

"Fazer uma seleção permante é uma forma de ir com tudo para o Mundial e os Jogos Olímpicos. O nível da seleção vai subir muito, ela vai se tornar muito mais competitiva. A estrutura de treino será a mesma do masculino e todas as meninas vão receber a mesma preparação. Antes, como cada uma era de um clube diferente, demorávamos muito para adquirir condicionamento físico, e a técnica acabava ficando prejudicada. Agora não, teremos tratamento igual, desde o início".

Gabi já atuou em Santa Catarina, nos EUA (quando fez faculdade e atuou por quatro anos), no Santos, Centro Olímpico-SP e na Coreia. Agora será paga pela seleção, com salário inicial de R$ 9 mil. Apesar de parecer pouco para uma atleta que fica exclusivamente disponível para o país, principalmente quando comparado à realidade masculina, se for feito um paralelo com os clubes brasileiros, o valor máximo pode chegar a R$2.500, por exemplo.

"Para as meninas que jogam no Brasil vai ser um salto muito grande quando falamos pelo lado financeiro. Não dá para sobreviver com os salários que os clubes pagam aqui. Muitas têm outros empregos. No entanto, se você for olhar a realidade fora do país, ainda é pouco", analisou ela, que tem propostas do futebol europeu e asiático.

Entenda como vai funcionar a seleção permanente 

Com o foco nos títulos inéditos do Mundial e Olimpíadas, a nova proposta da seleção brasileira de futebol feminino contará com 27 atletas no plantel, sendo 23 na linha e quatro no gol. As convocadas não poderão atuar por outros clubes, ficando em tempo integral com a seleção.

O salário mínimo será de R$ 9 mil, podendo variar para jogadoras de maior destaque. A estrutura de treinamento será a mesma do masculino, a Granja Comary.

Já a preparação, que começa nesta segunda-feira, será ininterrupta, mesmo que não haja campeonatos. Inicialmente, as meninas farão o Torneio de Algarve, em Portugal, em março.

"Vamos nos preparar para este primeiro Torneio que é muito importante. É tipo uma mini Copa do Mundo, porque tem os melhores países participando Em junho teremos o Mundial. Teremos bastante tempo para nos preparar até lá", comentou Gabriela Zanotti.

Gazeta Online

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