sábado, 24 de janeiro de 2015

Kaká chega a Orlando com liga “top” e Seleção na mira: “Depende de mim”

Meia faz primeiro treino pelo Orlando City e concede entrevista em três línguas. Ele espera mais brasileiros na MLS e se diz satisfeito com período no São Paulo

Por Orlando

Kaká chega ao Orlando City como a principal referência de um clube que quer se tornar global em pouco tempo. Nesta sexta-feira, a nova equipe da Major League Soccer apresentou seu elenco para a temporada e colocou o astro à disposição para falar sobre seus objetivos no futebol dos EUA. Após seis meses de empréstimo ao São Paulo, Kaká disse sonhar com títulos, ressaltou que o futebol brasileiro está “parado” e avisou que espera compatriotas em breve na disputa da liga.
– Falou-se muito nos brasileiros, em Ronaldinho, em Robinho, mas também estão chegando David Villa, Giovinco, Lampard, Gerrard. É natural que os brasileiros estejam mais atentos a esse mercado. Tudo isso começou com o David Beckham, passou pelo Henry e vai continuar. Acho que outros jogadores vão tomar cada vez mais cedo esse caminho (dos EUA) – afirmou Kaká.
Kaka Coletiva Orlando City (Foto: Diego Ribeiro)Kaká participa de entrevista coletiva no primeiro dia de treinos do Orlando (Foto: Diego Ribeiro)
Aos 32 anos, o meia chega a Orlando ainda jogando em bom nível e pronto para comandar a equipe na disputa da MLS. Por isso, é natural que ainda tenha a seleção brasileira nos planos. Convocado por Dunga no fim do ano passado para os amistosos contra Argentina e Japão, Kaká espera continuar sendo lembrado.
– Quero continuar na Seleção, só depende de mim e do técnico nesse momento, o Dunga, de ver se eu tenho como ajudar o time. Se eu estiver em forma e jogar bem, certamente vou voltar e jogar pelo Brasil – disse Kaká.
Cheio de moral em Orlando sem nem ter estreado pelo clube da cidade, o meia tomou conta da cena logo em seu primeiro dia de trabalho. Durante o treino, pela manhã, teve um longo papo com o técnico inglês Adrian Heath – que quer montar o time em torno do astro. Kaká também conheceu os companheiros e foi cumprimentado por todos no fim do trabalho.
Horas depois, ele se sentou à mesa da sala de conferências de um hotel em Lake Mary, cidade próxima do centro de treinamento do Orlando City. Respondeu questões em português, espanhol e inglês com a mesma desenvoltura. Mais do que a chance de brigar por títulos, o projeto lhe atraiu. O clube é presidido pelo brasileiro Flávio Augusto da Silva e agora tem outro compatriota como CEO (Chief Executive Officer): Alexandre Leitão.
Confira abaixo as principais respostas de Kaká:
Objetivo no primeiro ano
Estamos aqui para brigar por títulos, ou pelo menos por uma vaga nos playoffs neste primeiro ano. Estou feliz em chegar e ser a cara do time. Foi assim durante boa parte da minha carreira em São Paulo, Milan e Real Madrid, espero que não seja diferente aqui.
Expectativas para a MLS
Muitos jogadores me perguntam como é a liga, como é a organização, peço pra esperar porque não sei ainda, mas o potencial é enorme para crescer e é nisso que penso. A liga está crescendo muito rápido, e em cinco ou dez anos será uma das maiores do mundo. Vários jogadores que poderiam estar em outros grandes centros estão vindo para cá. É um ótimo sinal para a MLS.
Relação com Orlando
Já estive aqui em férias com minha esposa e meus filhos, passei um Réveillon aqui, estive na Disney várias vezes, mas agora vou conhecer Orlando de outra forma. Pelo que vi, é uma cidade muito boa que tem muito mais do que a Disney e os parques a oferecer. Acho que minha família vai gostar muito de morar aqui.
Kaká treinando no Orlando City (Foto: Divulgação)Kaká é a aposta do Orlando City para fazer bonito em sua estreia na MLS em 2015 (Foto: Divulgação)

Período no São Paulo
Foram seis meses ótimos, poder jogar no clube em que fui revelado e ajudá-lo a conseguir vaga na Libertadores. Mas estava tudo certo para jogar no Orlando, não havia o que fazer. De longe, vou continuar torcendo para que o São Paulo ganhe mais uma Libertadores e volte ao Mundial de Clubes.
Reconhecimento dos fãs
Antes, só os brasileiros e latinos me paravam nas ruas. Agora os americanos estão parando também. As pessoas que vivem em Orlando estão muito empolgadas com esse time. Estou muito feliz por isso.

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