domingo, 1 de dezembro de 2013

Com empate do Flu, Ponte entra em campo contra a Lusa já rebaixada

Resultado no Maracanã decreta queda da Macaca mesmo com duas rodadas de antecedência. Restam, ainda, outras duas vagas para a Série B de 2014

Por Campinas, SP
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Vice-lanterna do Brasileirão, com 36 pontos, a Ponte Preta morreu de véspera. Contra a Portuguesa, neste domingo à tarde, no Majestoso, a Macaca entrará em campo já rebaixada, com duas rodadas de antecedência. O Fluminense tratou de fechar o caixão e decretar a queda alvinegra neste sábado, com o empate, por 2 a 2, diante do Atlético-MG, no Maracanã. Por ironia do destino, coube a Gum, projetado pela Macaca em 2009, fazer um dos gols.
 O resultado acabou com as remotas chances de permanência e colocou a Ponte ao lado do Náutico como novo integrante da Série B do Brasileiro em 2014. Restam duas vagas. Vasco, Coritiba, Fluminense, Criciúma, Portuguesa e Bahia continuam ameaçados. Os quatro que caírem serão substituídos por Palmeiras, Chapecoense, Sport e Figueirense.

A Macaca tinha 99,999%de risco de cair antes de começar a rodada. Só um verdadeiro milagre salvaria o time. A improvável combinação de resultados precisava ter duas vitórias da Macaca, sobre Lusa e Internacional, duas derrotas de Fluminense e Coritiba e no máximo um empate do Vasco. Sem contar que a Ponte ainda teria de tirar uma diferença de 11 gols no saldo.
Uendel Ponte Preta e Vitoria  (Foto: Rodrigo Villalba / Agência estado)Ponte Preta chega a somente 42 pontos e está confirmada na Série B de 2014 (Foto: Rodrigo Villalba / Agência estado)
Os números apenas adiavam o que parecia inevitável. Após o empate por 1 a 1 com o Grêmio, no último domingo, o técnico Jorginho já havia jogado a toalha. O descenso é reflexo do mau planejamento para o segundo ano consecutivo na Série A. Depois de sobreviver com certa tranquilidade no retorno, em 2012, a Macaca perdeu para os próprios erros na atual edição.

Foram três trocas de treinadores, mudanças na cúpula do futebol, apostas equivocadas e tropeços imperdoáveis em casa. Guto Ferreira ficou até a quarta rodada. Paulo César Carpegiani, a principal decepção da diretoria ao longo da campanha, também passou, e a conta recaiu sobre Jorginho. Por questões extracampo e baixa produtividade em campo, a Ponte precisou reformular o elenco com o campeonato em andamento. Nomes como Ramírez, até então estrela do grupo, Advíncula, Fernando, Paulo Roberto, Rodrigo Biro, Everton Santos, Rafinha e Brian Sarmiento deixaram o clube.

O primeiro turno pífio, com apenas 15 pontos, também pesou muito. Entre a reta final do primeiro e o começo do segundo turnos, quando Carpegiani deixou o cargo e foi substituído por Jorginho, o time chegou a sofrer sete derrotas seguidas. Foi durante esse período que a Ponte entrou na zona da degola para não sair mais. A derrota por 2 a 0 para o Cruzeiro, pela 16ª rodada, em 24 de agosto, empurrou o time para o Z-4 e custou a saída de Carpegiani.
Carpegiani, técnico da Ponte Preta (Foto: Reprodução EPTV)Com Carpegiani, Macaca sofreu sete derrotas seguidas (Foto: Reprodução EPTV)
Com a chegada de reforços importantes, como os volantes Fernando Bob e Fellipe Bastos, o meia Elias e o atacante Leonardo, a Macaca esboçou uma reação. Chegou a ficar a dois pontos de deixar o Z-4, mas a derrota por 3 a 0 para o Vitória, no Moisés Lucarelli, freou a arrancada. De lá para cá, o time não ganhou mais pelo Brasileirão: perdeu para Goiás e empatou com Cruzeiro e Grêmio. Outros dois resultados em casa são ainda mais lamentados: o empate por 0 a 0 com o Bahia, no primeiro turno, quando William desperdiçou dois pênaltis, e a virada para o lanterna Náutico, no segundo turno, com um gol no fim.

O desempenho no Majestoso, aliás, deixou a desejar e é outro fator que contribuiu para o rebaixamento. Foram oito derrotas, quatro empates e seis vitórias, o que representa um aproveitamento de 40,7% como mandante. A despedida do Moisés Lucarelli na temporada será neste domingo. As partidas contra Portuguesa e Internacional, no encerramento do torneio, fora de casa, viraram meras formalidades para a Ponte.

Sem perspectiva no Brasileiro, a Macaca aposta todas as fichas na Sul-Americana para salvar o ano. A Ponte está a dois jogos de um título inédito. O jogo de ida da final contra o Lanús está marcado para quarta-feira, no Pacaembu. A grande decisão será dia 11, na Argentina. Em caso de conquista, o primeiro título de expressão em 113 anos ajudará a amenizar o rebaixamento. Ou até mesmo apagar o capítulo negativo. Afinal, ano que vem a Ponte tem condição de conquistar o acesso. Mais difícil é prever uma nova chance de ser campeã de um torneio internacional.

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