domingo, 1 de dezembro de 2013

Rivais tropeçam, Figueirense empata e conquista acesso à elite nacional
Catarinenses abrem o placar no primeiro tempo, paulistas empatam no segundo, e derrotas de Icasa e Ceará colocam time de volta à Série A
 
 
A CRÔNICA
por Marcelo Silva
Sem polêmica, e sem motivo para contestação. O Figueirense jogou fora de casa e teve quase 100% dos torcedores presentes no Estádio Nabi Abi Chedid a seu favor. A invasão aconteceu, o Bragantino jogou com seriedade que chegou a ser posta em dúvida durante a semana e o Furacão de Santa Catarina subiu. As cerca de três mil pessoas presentes sofreram do início ao fim. A vitória esteve perto de acontecer no primeiro tempo, mas o empate do Braga silenciou o estádio. O 1 a 1, no entanto, somado às derrotas dos rivais diretos Icasa e Ceará, favoreceram o Furacão do Estreito, que volta a estar entre os 20 principais clubes do Brasil.

Polêmicas, polêmicas, acesso à parte. O clima ruim que tomou conta de Bragantino x Figueirense antes do apito inicial por conta das denúncias de que o time paulista poderia entregar o jogo foi totalmente inverso do que foi visto ao final dos 90 minutos em Bragança Paulista. Depois de alguns sustos e de perder chances, o Figueirense chegou ao gol. Aos 29, Everton Santos aproveitou que a zaga do Braga afastou o perigo logo em seus pés e aproveitou para fuzilar. Na etapa final, o gol que poderia decretar o fim do sonho. Guilherme empatou e deixou tudo igual em Braganca Paulista.
Com o empate, o Figueirense chegou a 60 pontos, um a mais que Icasa e Ceará, que perderam seus jogos. Com isso, mesmo se perdesse, os catarinenses subiriam para a primeira divisão pelos critérios de desempate.
Everton Santos gol Figueirense (Foto: Luis Moura / Agência Estado)Éverton Santos marca o gol do acesso, no empate em 1 a 1 (Foto: Luis Moura / Agência Estado)
Gol e milagre: Figueira sai na frente

Eram dois minutos cravados de bola rolando, quando o primeiro grito de gol quase saiu da torcida do Figueirense. Esse foi o tempo exato da cabeçada de Rafael Costa, que quase achou Maylson na segunda trave. Poucos minutos depois, o grito foi quase de desespero, quando Nirley precisou se esticar todo, tocar o braço na bola e ver o Bragantino pedir pênalti. Foi a deixa para o time da casa gostar do jogo.
Sem deixar o Figueira sair de seu campo, o Braga assustou em bolas paradas. Precisando de um gol para se garantir sem depender de resultados, os catarinenses acordaram. Aos 17, Saci arriscou forte de fora e viu a bola passar perto do gol. No lance seguinte, mais um susto, quando Léo Aro criou a melhor chance no primeiro tempo, ao finalizar cruzado e quase vencer Tiago Volpi.

A resposta do Figueirense foi dada por Rafael Costa, aos 21, quando se livrou do adversário com estilo e mandou no cantinho. O camisa 1 do Braga parou. O lance foi pouco para o time visitante, que sofria com os avanços de Tiaguinho pelo meio. Nas costas dos laterais, o Massa Bruta chegava com facilidade. Chegava, mas não criava de fato. Diferente do Furacão de Santa Catarina. Aos 29, Saci chegou e Everton Santos criou o gol que abriu caminho para o acesso. Primeiro, Maylson tentou, mas perdeu a bola, que parou nos pés do camisa 11. Ele fuzilou, contou com desvio no meio do caminho e abriu o placar: 1 a 0 Figueirense. Antes do intervalo, um milagre catarinense. Na cabeçada de Nilson, Volpi fez uma defesaça, parando a finalização do Braga quase em cima da linha.

Empate perigoso, mas acesso é conquistado

O tempo abafado na etapa final deu lugar a uma fraca chuva, para refrescar a cabeça dos alvinegros do Figueira, agoniados para o final da partida. O esquema de três atacantes do técnico Vinícius Eutrópio continuava dando certo. Pablo passou a ter papel mais relevante. Tanto que se estranhou com Geandro num lance. Rafael Costa, o camisa 9 do Figueira, não deixava os zagueiros do Braga descansarem. Foi assim, trombando com a zaga, que ele quase fez o segundo. O quase também entrou em cena do outro lado. Com a bola no ar, Nilson não pensou duas vezes e tentou de bicicleta, levando perigo a Tiago Volpi. O camisa 1 visitante tinha a poucos metros a torcida do Figueirense, torcendo e sofrendo a todo instante.

O sofrimento que já era grande mesmo com a vitória aumentou de forma brusca com o gol de empate do Bragantino. Aos 29, Guilherme apareceu de frente para o gol e só empurrou para o fundo das redes. O estádio do Braga, acostumado a vibrar com gols do time da casa, silenciou. Culpa da maioria torcida alvinegra de Florianópolis no estádio. A partir disso o olho ficou em campo e o ouvido no rádio, secando Ceará e Icasa, que não podiam vencer. Animado, o Braga continuou criando. Aos 35, Volpi voou para evitar a virada. Ela não veio, mais gols de Joinville e Paraná saíram nos jogos contra Ceará e Icasa e o estádio Nabi Abi Chedid virou o Orlando Scarpelli. O Figueirense pagou o pedágio de um ano na segundona e está de volta à Série A.

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