quinta-feira, 30 de abril de 2015

Surpreso por ser top 15, Thomas quer ser ídolo do país: "É meu maior sonho"

Brasileiro, que nocauteou Yves Jabouin no primeiro round no UFC 186 e impressionou Dana White, exalta estratégia contra rival: "A mão entrou, e ele caiu"

Por Rio de Janeiro
Thomas Almeida pisou no octógono do Ultimate pela segunda vez na carreira no último sábado, no UFC 186, em Montreal. E foi o suficiente para ser alçado ao posto de um dos 15 melhores atletas da divisão dos galos (até 61kg). O brasileiro arrasou Yves Jabouin em apenas 4m18s, saindo vitorioso por nocaute técnico e faturando mais um bônus de "Performance da Noite", como já tinha feito em sua estreia, contra Tim Gorman, em novembro do ano passado. Com os pés no chão, como faz questão de frisar, Thominhas evita falar sobre uma possível futura disputa de título, não esconde a surpresa por já ser um top 15 da categoria e se diz honrado pelos elogios que recebeu do presidente da organização, Dana White, que publicou em suas redes sociais que a técnica do lutador da Chute Boxe é perfeita.
- Não esperava entrar no ranking de forma tão rápida. Quando vi a matéria fiquei surpreso, foi muito bom. Isso me motiva, tenho que treinar cada vez mais porque estou mais em evidência e só virá pedreira daqui pra frente. Também fiquei muito honrado com os elogios do Dana White, é o patrão, um dos donos do show, está a frente, e isso é uma responsabilidade muito grande. Ele veio me cumprimentar depois da luta, falou que foi fantástico e fiquei muito feliz. Mas não penso nisso de cinturão ainda não. Penso no presente. Na próxima luta. Claro que o objetivo é chegar lá, mas não tenho pressa, tenho que caminhar devagar, degrau por degrau. Vou pensar na próxima luta e tenho que estar bem preparado. Não quero atropelar as coisas. Sou bem pé no chão - afirmou, em entrevista por telefone ao Combate.com.
Thomas Almeida comemora vitória no UFC 186 (Foto: Getty Images)Thomas Almeida comemora vitória no UFC 186. Agora ele é um top 15 da divisão dos galos (Foto: Getty Images)
O pé no chão não impede Thominhas de sonhar. E seu sonho é o de se tornar o próximo ídolo do MMA nacional.
- Eu fico muito feliz de ver meu trabalho sendo reconhecido e quero ser um ídolo. Isso é o que eu mais sonho. Quero representar meu país e minha equipe. Sou da Chute Boxe, comecei aqui e vou ficar aqui até o final.
Thomas Almeida (Foto: Ivan Raupp)Thomas Almeida quer ser ídolo do MMA nacional (Foto: Ivan Raupp)
Apesar do triunfo rápido, Thomas passou por dificuldades no início do duelo, quando foi derrubado por Jabouin, mas mostrou paciência e habilidade para sair da posição, ficar de pé e impor seu muay thai afiado. Sem preocupação com sua defesa de quedas, ele exaltou sua estratégia na luta.
- Eu treino muito minhas defesas de quedas. Ele me pegou de surpresa no começo da luta, entrou muito rápido, não esperava aquilo, mas estou bem tranquilo, consegui levantar rápido e acho que isso aconteceu por estar no começo da luta mesmo. Mas estou muito feliz, foi uma luta dura, contra um cara duro. Mantive a calma depois do sufoco no começo e consegui botar minha estratégia em dia. A mão entrou, e ele caiu - analisou.
Thomas Almeida Yves Jabouin UFC 186 (Foto: Getty Images)Thomas Almeida usou seu muay thai para nocautear Yves Jabouin (Foto: Getty Images)
Aos 23 anos e com um cartel perfeito em 19 combates, Thomas Almeida parece ter mais dificuldades fora do cage do que dentro. O corte de peso, por exemplo, é apontado por ele como o que tem de mais difícil. Mas a timidez parece não ficar distante. Na entrevista coletiva e até mesmo ainda no octógono, após a vitória, o lutador aparentou ficar um pouco travado com os microfones, mas mostrou saber da importância de se apresentar bem na mídia e prometeu retomar as aulas de inglês para, futuramente, não precisar de tradutor.
- Fiquei um pouco nervoso. Foi a minha primeira vez em um evento grande, fico meio receoso de falar, mas foi tranquilo. Preciso voltar a fazer aulas de inglês, é uma coisa muito importante, tenho que falar inglês mesmo, já fiz aulas, tenho que voltar porque é importante falar inglês e trabalhar essa parte de mídia - finalizou.

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