Vaidoso desde jovem, Patolino mostra "arsenal da beleza" em Porto Alegre

Vice-campeão do TUF Brasil 2 destoa do estereótipo de lutador de MMA e dá atenção redobrada para a aparência: "As mulheres dizem que sou pior do que elas"

Por Marcelo BaronePorto Alegre

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O cabelo descolorido entrega: William Patolino gosta de ser notado por onde passa. Na realidade, seria percebido de qualquer maneira, afinal, tênis colorido e roupas extravagantes fazem parte do vestuário do atleta. A vaidade é parte de sua vida desde antes da fama, conquistada pela participação no TUF Brasil 2. Em seu quarto de hotel, o banheiro é o lugar preferido: é lá, sobre a bancada, que fica seu arsenal composto por hidratantes, cremes e perfumes.

Em entrevista ao Combate.com, Patolino conta que ser vaidoso é algo que carrega desde a infância. Dos sete aos 23 anos, nada mudou quando o quesito é andar bem vestido e perfumado.

William Patolino confere o visual no espelho: cuidados para estar sempre apresentável (Foto: Marcelo Barone)

- Esse meu estilo vem desde pequeno. Quando eu tinha uns sete anos de idade e ficava jogando videogame em casa, minha mãe pedia para eu comprar pão. Antes de ir para a rua, eu gostava de tomar banho, colocava perfume, roupa bonita, passava creme. Minha mãe perguntava: "Por que tudo isso?". Sou assim desde pequeno, gosto de ficar cheiroso, me cuidar. Gosto de fazer unha... Passo shampoo e condicionador para dar aquela energia, aquela força no cabelo - diverte-se.

Apesar de tamanha vaidade, há uma linha limite para o vice-campeão do TUF Brasil. Aos risos, relata que fazer a sobrancelha está fora de discussão.

Patolino exibe um dos seus casacos favoritos (Foto: Marcelo Barone)

- Isso não vou fazer nunca. Várias pessoas já quiseram que eu fizesse. Quando eu ia cortar o cabelo no salão, perguntavam se eu não queria fazer. Minha namorada e minha tia também comentavam. Eu falava: "Está louco, isso é coisa de mulher (risos)". Tem quem faça duas linhas na sobrancelha, acho horrível. Agora, do cabelo, vou cuidar sempre. Quando a barba está maior, cuido bem dela. Gosto de manter a boa aparência. Lidamos com o público, com a mídia e ainda com a televisão, então temos de estar bem apresentados.

O perfil dissonante em relação à maioria dos lutadores de MMA é motivo de gozação por parte dos companheiros de equipe. Entretanto, Patolino sabe que eles já estão habituados com suas roupas, inclusive, com sua demora para sair por conta dos cuidados com o visual.

- A galera próxima está acostumada, todos sabem. Tenho amigos que gostam de andar no estilo, no traje, e que acabam se inspirando em mim também. As mulheres na academia dizem que sou pior do que elas (risos) - declara o lutador, enquanto cita seus 17 pares de tênis.

Criado em uma comunidade carente, no Rio de Janeiro, Patolino vive dias menos sofridos. Por fora, muita coisa mudou, porém, conserva as amizades e a humildade de quem teve uma infância dura. 

- Não tenho muro perante o público. Tem lutadores que não querem mais falar com os fãs, se acham estrelas. Sou da galera, sou do povo, estou acostumado ao contato frequente com o público.

Patolino não dispensa cremes hidratantes e uma série de perfumes (Foto: Marcelo Barone)

O Combate transmite o "UFC: Pezão x Mir" ao vivo neste domingo a partir de 18h40 (horário de Brasília), e o Combate.com acompanha em Tempo Real. Confira o card completo:

UFC: Pezão x Mir
22 de fevereiro, em Porto Alegre (RS)
CARD PRINCIPAL
Peso-pesado: Antônio Pezão x Frank Mir
Peso-leve: Edson Barboza x Michael Johnson
Peso-médio: Cezar Mutante x Sam Alvey
Peso-leve: Adriano Martins x Rustam Khabilov
Peso-galo: Iuri Marajó x Frankie Saenz
Peso-meio-médio: Santiago Ponzinibbio x Sean Strickland
CARD PRELIMINAR
Peso-galo: Jéssica Andrade x Marion Reneau
Peso-meio-médio: William Patolino x Matt Dwyer
Peso-pena: Tiago Trator x Mike de la Torre
Peso-meio-médio: Wendel Negão x TJ Waldburger
Peso-galo: Douglas D'Silva x Cody Gibson
Peso-leve: Ivan Batman x Josh Shockley