Ibson reencontra parte da geração campeã com o Fla em 2009 nos EUA
Em busca de recomeço no Minnesota United, meia cruzará caminho de Kleberson e
Léo Moura na NASL e fala do carinho pelo Flamengo: "Quem sabe um dia eu volto"
Ibson em ação pelo Minnesota United contra o Botafogo:Um recomeço (Foto: Roberto Filho / Estadão Conteúdo)
Na segunda das três passagens que teve pelo Flamengo, Ibson fez parte, ainda que de forma breve, da campanha que levou o Rubro-Negro ao título do Campeonato Brasileiro de 2009. Ele era um dos protagonistas daquele time, mas teve que deixar a Gávea no meio do ano por exigência do Porto, então detentor de seus direitos econômicos. Seis anos se passaram, e agora ele vai reencontrar dois ex-companheiros daquela campanha, só que bem longe do Rio de Janeiro. O meia assinou, no fim de fevereiro deste ano, umcontrato de três anos com o Minnesota United, dos Estados Unidos, e será rival deKleberson e Léo Moura na NASL.
– O Léo Moura foi para lá agora. É bom que o futebol está crescendo. Encontrei com o Kleberson no Arizona, onde fizemos a pré-temporada. Nos encontramos lá e batemos um papo. Então, é bacana rever os amigos. Sempre que podemos estamos conversando, nos esbarrando. No Rio, encontrei o Léo Moura quando fui tirar o visto – disse Ibson.
Ibson está no Rio de Janeiro com o restante do elenco do Minnesota, que tem outros seis brasileiros, para um período de treinos antes do início da NASL. Ele fez dois amistosos no país (na vitória por 3 a 2 sobre o Volta Redonda e na derrota por 2 a 0 para o Botafogo) e, após novos testes, contra Barra Mansa e Vasco, retorna aos Estados Unidos na próxima quarta-feira para continuar a preparação.
Integrante da geração campeã em 2009, Ibson vai reencontrar Léo Moura na NASL (Foto: Divulgação)
Segundo o próprio, a transferência para o futebol dos Estados Unidos foi bem rápida. Após passagem apagada pelo Sport no ano passado, seguiu para a Itália para acertar a vida com o Bologna, e foi aí que surgiu a proposta. Bastou uma conversa com a família para decidir tentar a sorte nos EUA.
Ibson (ao centro) assinou por três anos com o Minnesota United no final de fevereiro (Foto: Reprodução / Twitter)
– Não tinha planos. Fui primeiro para a Itália resolver minha situação com o Bologna, e meu empresário me ligou com essa possibilidade. Conversei com minha família, e acertamos rápido. É uma liga que está crescendo muito, além de ser um país de primeiro mundo onde posso dar uma boa educação para os meus filhos.
A NASL (ou North American Soccer League) é paralela à liga principal dos EUA, a MLS. Ambas são formadas por franquias e não representam divisões distintas. Os valores da NASL, por se tratar de uma competição de menor expressão, são menores se comparados à irmã maior, mas tem lá seus craques. Além dos ex-rubro-negros (Léo Moura defenderá o Fort Lauderdale Strikers, e Kleberson joga pelo Indy Eleven), a liga conta com o ídolo do Real Madrid Raúl González, hoje do New York Cosmos.
Portas abertas para retorno ao Fla
SAIBA MAIS
Aos 31 anos, Ibson tem planos de cumprir seu contrato com o Minnesota United. Mesmo assim, uma eventual quarta passagem pelo Flamengo não está completamente descartada. Ainda que tenha saído em baixa da Gávea em 2013, ele garante que só tem boas recordações do clube que o revelou.
– Quem sabe um dia eu volto. De repente um jogo de despedida ou mesmo para encerrar a carreira no clube. Não tenho mágoa do Flamengo. Vivi minha vida inteira lá, e todos sabem o carinho que tenho por ele. Claro que não foi a saída que eu queria (em 2013), mas faz parte do futebol. De longe, fico torcendo. É vida que segue.
Ex-parceiro de meio de campo, Kleberson será outro adversário de Ibson na liga americana (Foto: Globoesporte.com)
Da segunda passagem de destaque pelo Flamengo, entre 2007 e 2009, para a terceira – e derradeira –, entre 2012 e 2013, o meia passou por Spartak Moscou, Santos, Corinthians, Bologna e Sport com poucos gols (o último foi em janeiro de 2013, pelo Fla) e sem o mesmo brilho do início da carreira. A transferência para os Estados Unidos significa um recomeço.
– O Bologna caiu para a segunda divisão e tinha que manter um teto. Havia 15 jogadores, e o teve de completar o elenco com atletas da base. Como eu já havia sido emprestado ao Sport, acabamos acertando uma rescisão amigável, porque surgiu essa proposta (do Minnesota United). Não pensei duas vezes antes de aceitar – finalizou.
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