Miesha ironiza vitórias de Bethe Pitbull e dispara: "Ela mal entrou no top 10"
"Cupcake" afirma que a brasileira enfrentou adversárias de qualidade duvidosa: "Se tivesse encarado as mesmas garotas que ela enfrentou, eu estaria invicta também"
Em ascensão no UFC, Miesha Tate não gostou de ver Bethe Correia conquistar a chance de disputar o cinturão contra Ronda Rousey, campeã do peso-galo, em combate que acontecerá no dia 1º de agosto, no UFC 190, no Rio de Janeiro. "Cupcake", que teve a chance de destronar a compatriota no ano passado, aguarda por nova oportunidade. E, apesar de a brasileira ter conseguido se credenciar ao posto de próxima desafiante, não acredita que ela mereça a chance.
<b></b>Miesha Tate não acredita que Bethe é merecedora de disputar o título contra Ronda (Foto: Marcelo Barone)
No Rio de Janeiro para cumprir agenda oficial do UFC, Miesha afirmou que Bethe Pitbull enfrentou adversárias que não a colocam em um patamar compatível ao dos desafiantes ao cinturão.
- Não sei ainda qual será meu próximo passo. Estou numa posição muito estranha na minha carreira, porque sei que bati todas as outras garotas, então sou a desafiante número 1, mas, como já lutei com Ronda duas vezes, é uma estrada mais longa para eu voltar a essa posição. Eu gostaria de enfrentar Bethe no Brasil. Acho que seria ótimo, empolgante, e quem vencesse essa luta mereceria a disputa do cinturão. Acho que ela ainda não enfrentou ninguém do top 10, é difícil vê-la merecer a luta pelo título. Sim, ela está invicta, mas, se eu tivesse encarado as mesmas garotas que ela enfrentou, estaria invicta também. O que importa é o nível de competição que você está enfrentando, e Ronda Rousey está em um outro nível. Qualquer uma no top 10 está num nível acima que qualquer uma que Bethe tenha enfrentado até agora. Seria legal ela provar que é para valer, que merece estar aqui. Ela mal entrou no top 10. Acho que ela devia vencer alguém ranqueada - declarou Miesha que, ao contrário de boa parte dos estrangeiros, não reprova a ideia de atuar no Brasil.
- A torcida brasileira pode ser dura. Eles são bastante passionais no apoio aos seus lutadores, mas, por sorte, eu sempre recebi muita energia positiva quando vim aqui. Há muitos fãs legais no país, então não acho que eu seria alguém que eles tratariam mal, e talvez até tivesse uma torcida aqui. Mas não seria a primeira vez que entraria em “território inimigo”. Sempre gosto de vencer as pessoas em suas casas mesmo, pois isso me coloca mais no mapa. Todos vêm para ver a minha adversária, são fãs dela, mas acabam se tornando meus fãs.
Miesha Tate está no Rio para o evento do próximo sábado (Foto: Marcelo Barone)
Apesar de ter perdido para Ronda duas vezes - em uma delas pelo Strikeforce - Miesha acredita que seja capaz de destroná-la. Afinal, foi a única adversária que passou do primeiro round com rival.
- Não posso simplesmente dar a ela a queda, eu tenho que machucá-la. A única vez que ela esteve numa posição ruim numa luta foi contra mim. Ronda nunca foi machucada contra ninguém, exceto contra mim. Acho que ela sabe que eu tenho o poder e a habilidade de causá-la algum estrago e derrotá-la. Acho que sou a pessoa para derrotar Ronda Rousey. É só questão de tempo. Finalmente tenho um bom entendimento de como vencer Ronda Rousey - disse a americana, que também citou Jessica Eye como duro desafio a "Rowdy".
- Eu, na verdade, acho que Jessica Eye poderia enfrentá-la, se tiver mais umas duas vitórias. Ela é muito dinâmica, rápida, tem boa trocação, bom wrestling. Talvez pudesse fazer uma boa luta com a Ronda.
Cris Cyborg é outra atleta apontada por Miesha como grande obstáculo para Ronda. Entretanto, "Cupcake" sabe que a brasileira, campeã do Invicta FC, ainda depende de muitos fatores para desafiar a americana. O principal deles é ainda nem estar contratada pelo Ultimate.
- Acho que seria uma grande luta se fosse feita, mas não sei por que recebe tanta atenção, porque até Cris descer e bater o peso... Ronda não vai subir, não vai a lugar nenhum. Temos que ver se Cris consegue isso antes, aí sim teremos uma discussão a ser feita. Uma vez que ela entrar no UFC, bater o peso (61,2kg) e conseguir lutar nessa categoria, aí teremos uma luta em mãos. Mas, até isso tudo acontecer, será só boato. Acredito que a Cris mereça disputar o cinturão. Ela tem sido dominante no peso dela (65,8kg). Isso acontece toda hora: você tem dois campeões de duas categorias, eles se juntam e lutam num peso diferente. Isso é sempre muito empolgante, quando se tem dois campeões dominantes se encontrando numa categoria de peso e se enfrentando - concluiu.
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