sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Pego em blitz, Rony Jason contraria PM e dispara: "Depende de mídia"

Lutador do UFC admite ter se recusado a fazer o teste do bafômetro na madrugada desta sexta, nega que carro foi retido e critica postura do Capitão Styvenson Valentim

Por Rio de Janeiro
rony jason mma tuf ufc (Foto: Ivan Raupp)Rony Jason afirmou que não teve o carro retido em blitz da Lei Seca nesta sexta, em Natal (Foto: Ivan Raupp)
Após ser parado em uma blitz da Lei Seca na madrugada desta sexta-feira, em Natal, Rony Jason deu uma versão diferente do Capitão da Polícia Militar Styvenson Valentim. O oficial afirmou que o lutador teve o carro rebocado e a habilitação retida por se recusar a fazer o teste do bafômetro. Jason admitiu não ter feito o teste, mas garantiu que o veículo não foi apreendido.
Em entrevista por telefone ao Combate.com, o atleta do UFC disse que tomou três doses de uísque em casa, o motivo para não aceitar fazer o teste, mas afirmou que um amigo retirou o carro do local minutos após. 
- Eu estava em casa, tomei três doses de uísque. Uma amiga minha estava aniversário na Pepper’s (boate na Zona Sul de Natal), ela me convidou por volta de 3h, eu não tinha nada para fazer em casa, sem sono, resolvi pegar o carro e ir lá para dar os parabéns. No caminho teve uma blitz, algo que sou altamente a favor. Encostei meu carro como eles pediram, sem complicação nenhuma. Pediram habilitação e documentação, eu dei tranquilamente, estão em dia. Pediram para fazer o bafômetro, como eu tinha bebido as três doses de uísque antes de dormir e não sou obrigado a constituir provas contra mim, eu disse que preferia não fazer. Ele disse que meu carro estava recolhido e pediu para trazer uma pessoa habilitada que eles liberariam o carro. Saí andando, estava na esquina da Pepper’s, dei dez passos e vi um amigo meu. Perguntei para ele se estava bebendo, ele disse que não, e ele pegou meu carro na blitz, tirou na mesma hora - disse o lutador.
De acordo com o capitão, Rony Jason teria exigido um tratamento diferenciado por representar o país internacionalmente. O lutador negou qualquer tipo de pedido especial e ainda revelou que já procurou o advogado por causa da divulgação de fotos nas redes sociais.
- Não teve apelação nenhuma, dizer que eu queria favorecimento, isso não existiu. Eu apenas falei que defendo com unhas e dentes o estado, o governo só existe para f... o cidadão mesmo. Falei isso. Não quis ter privilégio nem nada. Outra coisa, meu carro não foi rebocado, está na minha garagem agora, uma blazer prata. E divulgaram minha foto nas redes sociais, já estou consultando meu advogado para saber se isso é permitido ou não.
rony jason mma ufc (Foto: Marcos Ribolli)O lutador do UFC criticou o Capitão Styvenson Valentim e afirmou que não pediu tratamento especial (Foto: Marcos Ribolli)

Mais cedo, Rony postou uma foto nas redes sociais onde mostra seu carro na garagem de casa, dando a entender que o veículo não estava detido. Após contar a versão do ocorrido, o lutador ainda criticou a postura do PM Styvenson Valentim, que, segundo ele, é um profissional competente, mas com necessidade de atrair a mídia para chamar a atenção. 
- O coronel Styvenson é um excelente profissional, mas é um cara muito carente de mídia, depende de mídia. Quando ele não tem nada para fazer, inventa alguma coisa para ganhar mídia. Ele é um excelente profissional, mas era para se manter apenas no profissionalismo dele sem procurar mídia. Ele quer muito aparecer, de alguma forma. Milhões de pessoas foram pegos ontem, mas ele resolveu postar no Facebook dele a minha foto. Sabia que daria repercussão para ele. Eu só tenho pena de uma pessoa assim. Uma pessoa que fica tentando denegrir a imagem de alguém em vantagem da sua é carente de pena. 
Profissional desde 2006, Jason, de 31 anos, possui contrato assinado com o UFC, mas cumpre punição de nove meses de afastamento por ter sido flagrado no exame antidoping após vencer por finalização Damon Jackson, combate válido UFC Fight Night 67. A luta aconteceu dia 30 de maio em Goiânia. Jason, que nega o uso de diurético, entrou com recurso na Comissão Atlética Brasileira de MMA. Em julho, o resultado da segunda amostra de urina também apresentou resultado positivo. Com isso, o lutador teve a suspensão mantida e perdeu o bônus de US$ 50 mil – cerca de R$ 158 mil – que ganhara pela performance daquela noite.
*Estagiário, sob supervisão de Marcelo Russio

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