domingo, 15 de maio de 2016

Técnico diz que Belfort travou em luta contra Jacaré: "Não deu nenhum soco"

Amaury Bitetti garante que faltou explosão ao "Fenômeno" e revela que atleta parecia pouco motivado durante o aquecimento: "Não achei que ele estava muito pilhado"

Por Direto de Curitiba
Amaury Bitetti (Foto: Raphael Marinho)Amaury Bitetti apurou o chão de Belfort (Foto: Raphael Marinho)
A frase "Vitor Belfort é muito perigoso nos primeiros minutos de luta" é quase um mantra no MMA. Entretanto, no sábado, em Curitiba, no UFC 198, o que se viu foi uma atuação apagada do brasileiro, que perdeu para Ronaldo Jacaré por nocaute técnico, no round inicial, sem oferecer perigo algum ao compatriota. 

A falta de agressividade de Vitor Belfort - dono de golpes rápidos e potentes -, não passou despercebida. Amaury Bitetti, responsável por apurar o jiu-jítsu do peso-médio, afirmou, em entrevista exclusiva ao Combate.com, que o atleta "travou".

- O Vitor não lutou o que treinamos. Ele não ia conseguir finalizar o Jacaré nunca, só se o Jacaré escorregasse. Era para fazer o antijogo que foi treinado. Uma hora o Vitor conseguiu sair de uma posição no chão e se levantou. Só não entendi por que cedeu na grade, não entendi. Não sei se cansou, se sentiu alguma coisa. Ele travou. O Vitor já começou errado, dando uma joelhada, que não existe. Não deu nenhum soco. O Vitor entrou no jogo do Jacaré. Mérito do adversário, que é bicampeão mundial, um samurai. Quem dá um vacilo, dança.


Bitetti conta que, no vestiário, momentos antes do confronto, Belfort, aparentemente, não estava motivado como em outras ocasiões, mas afirma que os erros podem ser corrigidos para as próximas lutas.

- Para falar a verdade, já vi ele aquecendo diferente para outras lutas. Não achei que ele estava muito pilhado para essa luta, não. Não sei o que aconteceu. Só perguntando para ele. Mas que tínhamos treinado, isso sim. Um erro com o Jacaré é fatal. Temos muita lenha para queimar. Vamos dar a volta por cima. O Vitor é guerreiro. A prioridade para corrigir é voltar a ser o Vitor, meter a mão, defender queda, não aceitar cair por baixo. Faltou explosão ao Vitor, colocar a mão no lugar certo. Ele é preciso, um atirador de elite, mas o Jacaré soube anular o jogo dele. 
Acostumado a vitórias marcantes no Brasil, Vitor Belfort perdeu a invencibilidade que detinha no país, onde jamais havia perdido. O atleta, que nocauteou Dan Henderson em novembro de 2015, declarou na coletiva de imprensa que irá descansar com a família nos próximos dias, antes de definir quais serão seus próximos passos.

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