segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Jungle Fight: Alexandre Capitão bate Rafael Gogó e é campeão dos penas

Amazonense vence por decisão unânime dos juízes em sua décima luta no evento e pede uma chance para se apresentar no UFC após o combate

Por São Paulo
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O Jungler Fight 62, disputado no Ginásio Pelezão, em São Paulo neste sábado, foi marcado pela mudança de dono do cinturão dos pesos-penas da organização. Em uma luta muito disputada, o desafiante Alexandre Capitão venceu o então campeão, Rafael Gogó, por decisão unânime dos juízes (30-27, 30-28 e 29-28), conquistando o título da categoria. Logo depois da conquista, Capitão agradeceu a todos e pediu uma chance no UFC.
- Foi Deus que me deu essa vitória. Rafael Gogó é muito duro, mas fiz a melhor luta da minha vida e consegui a vitória. Foi uma grande luta, para mim a melhor do evento. Fiz a minha décima luta no Jungle Fight, e espero que tenha sido a última. Agora eu quero o UFC. Quero agradecer minha família, minha equipe e meus amigos - disse o lutador após o combate.
capitão x gogó jungle fight (Foto: Divulgação/Jungle Fight)Capitão e vence Rafael Gogó e é campeão dos penas do Jungle Fight (Foto: Vinicius Stasolla / Divulgação)
A luta começou com Capitão buscando tomar a iniciativa do combate e levando a luta para o chão. Gogó inverteu a posição, mas o desafiante buscou encaixar um triângulo e, depois, uma chave de braço. O campeão defendeu todas e ficou por cima no chão, na guarda de Alexandre Capitão. Gogó conseguiu acertar três golpes fortes no rosto do rival, que defendeu-se buscando aplicar uma omoplata, sem sucesso novamente. Capitão não desistia, e mesmo recebendo golpes na cabeça, conseguiu encaixar um estrangulamento, mas o campeão defendeu novamente, levantando-se e evitando novas investidas do desafiante.
capitão x gogó jungle fight (Foto: Divulgação/Jungle Fight)Capitão golpeia Gogó na luta principal do Jungle Fight
62 em São Paulo(Foto: Vinicius Stasolla / Divulgação)
No segundo round Rafael Gogó continuou usando a velocidade para aplicar os diretos e encurtar a distância. Capitão se ovimentava e tentava buscar as pernas do campeão, que as defendia perfeitamente. Após conseguir uma derrubada espetacular, Capitão viu Gogó recuperar-se imediatamente, mas não desistiu de agredir o campeão e conectou dois fortes socos na cabeça do rival. A luta ficou franca e o desafiante conseguiu abalar o campeão com bons golpes na cabeça, mas descuidou-se da defesa e recebeu dois golpes em contra-golpe. Com o combate aberto, Capitão conseguiu a derrubada e ficou por cima até o fim do round.
No terceiro e decisivo round, Capitão começou apostando nos ganchos de esquerda e direita, aproveitando sua maior envergadura. Os golpes entravam, abalando o campeão pela sua potência. Mesmo sangrando na lateral da cabeça, Rafael Gogó também conectou bons golpes em resposta, mas Capitão mostrava mais precisão nos socos. Apostando em golpes longos, Capitão mantinha o rival à distância e seguia golpeando. A 20 segundos do fim, Gogó tentou a queda, mas o desafiante defendeu o movimento e se manteve de pé até o fim da luta.
Confira as demais lutas do card:
Edson Conterrâneo venceu Douglas Simões por decisão dividida

A única luta de pesos-pesados do evento começou com Douglas Simões acertando dois bons chutes baixos mantendo Edson Conterrâneo à distância. Após mais alguns golpes, Conterrâneo encurtou a distância e derrubou Simões, pressionando-o na grade e depois levando o rival para o centro da Arena Jungle. Simões buscou uma kimura, que foi defendida, e Conterrâneo partiu para o ataque assim que ficou em pé novamente. Pressionando Simões na grade, Conterrâneo conseguiu uma nova derrubada e ficou por cima, aplicando golpes de cima para baixo até o intervalo. No segundo round os dois lutadores mostravam muito cansaço e distribuíam golpes a esmo, sem muita contundência. Na grade, Conterrâneo derrubou Simões mais uma vez, mesmo após o rival ter se segurado na grade. Exaustos, os dois lutadores praticamente não lutavam mais, apenas jogavam os braços na esperança de acertar a cabeça do rival e derrubá-lo. Conterrâneo mais uma vez conseguiu a queda e dominou as costas de Simões, que mais uma vez segurou-se na grade e caiu por cima no chão, mas sem conseguir executar qualquer ataque. No terceiro round Conterrâneo levou Simões novamente para a grade e ficou por cima no chão, mas já não parecia ter mais gás para trabalhar o jogo de chão. Após ser penalizado pelo árbitro com um cartão amarelo perdendo um ponto por demorar a se levantar. Novamente derrubando o rival, Conterrâneo ficou por cima no centro da Arena Jungle e manteve Simões no chão, aplicando golpes seguidos, mas sem muita força. Nos últimos segundos, Douglas Simões tentou alguns chutes altos desesperados para tentar vencer a luta, mas não conseguiu atingir Conterrâneo com nenhum deles.
Lúcio Curado venceu Erick Parrudo por decisão dividida dos juízes
O combate teve início com Lúcio Curado encurtando a distância e imprensando Erick Parrudo na grade, e depois derrubandoo e encaixando um triângulo de mão assim que eles se levantaram, e desfazendo a posição para golpear em pé. Parrudo recuperou-se rapidamente e aplicou um golpe que desequilibrou Curado, que também se recuperou e voltou a pressionar o rival na grade. A luta voltou a ser disputada à distância e Parrudo iniciou uma sequência de socos antes de ir para o clinche. De volta à distância, Curado aplicou uma nova queda no último segundo antes do intervalo. No segundo round Lúcio Curado começopu buscando as pernas de Erick Parrudo, que defendeu a investida. Parrudo buscava atingir a linha de cintura para minar o gás do rival, enquanto Curado tentava as sequências de cruzados. A luta perdeu em ritmo, com os dois atletas mantendo a distância e evitando a exposição a golpes mais fortes. O round final começou com ambos trocando chutes na média distância, até que Parrudo derrubou Curado, ficando por cima no chão. Na volta à luta em pé, os atletas mostravam cansaço e atacavam sem velocidade. Aparentando estar melhor fisicamente, Parrudo buscava a queda, mas quem derrubou foi Curado, ficando por cima e buscando as costas do rivale tentando aplicar um mata-leão. Parrudo defendeu o movimento, mas não se livrou dele até o fim da luta.
Rafael Nunes venceu Paulo Panthro por finalização aos 4m11s do primeiro round
O início do combate teve os dois atletas encurtando a distância e indo para a grade. Com muita velocidade, Panthro derrubou Rafael Nunes e ficou por cima, mas o rival teve agilidade para buscar quatro vezes a chave de braço, todas defendidas por Panthro. Na volta à luta em pé, Rafael encurtou a distância e travou a nuca de Panthro, que mesmo assim aplicou uma joelhada. No chão, Rafael Nunes encaixou uma nova chave de braço e, mesmo sem que Panthro desistisse, o árbitro Flavio Almendra decretou o fim da luta, dando a vitória por finalização a Rafael Nunes.
José Alexandre “Reborn” venceu Angelo Lopes por decisão unânime

A luta teve início com os dois atletas buscando ajustar a distância, até que Lopes acertou involuntariamente o dedo no olho de Reborn, paralisando a luta. No retorno ao combate, Reborn levou a luta para baixo, mas Angelo Lopes conseguiu levantar-se e derrubar o adversário próximo à grade. Reborn levantou-se e, muito agressivo, buscou acertar chutes altos e socos, em sua maioria defendidos por Lopes. Melhor preparado fisicamente, Reborn seguiu agredindo o rival até o intervalo. No segundo round, Reborn partiu para o ataque e dominou o pescoço de Angelo Lopes, que levantou o rival e o cravou no chão, conseguindo em seguida liberar o pescoço e ficando por cima no solo. Em um golpe muito técnico, Lopes encaixou o katagatame, mas Reborn manteve a tranquilidade e livrou-se da imobilização. Por cima no solo, Reborn buscava o estrangulamento, mas trabalhava com apenas um braço, até que liberou a perna e completou o encaixe da guilhotina. Também com calma, Lopes conseguiu resistir e livrar-se da finalização. No terceiro e último round Reborn veio com tudo para cima de Angelo Lopes, conseguindo vários golpes e um chute na linha da cintura que derrubou o adversário. Por cima no chão, Reborn atacava, mas Angelo Lopes se defendia e buscava a chave de pé, sem sucesso. Após mais uma tentativa de guilhotina de Reborn, Angelo Lopes conseguiu se livrar, mas na luta em pé foi atingido por um chute na linha de cintura que o derrubou novamente, mas não havia mais tempo para a finalização da luta.
Douglas Bertazini venceu Jesus Sanchez por finalização a 1m34s do segundo round
A luta começou com Bertazini cercando o mexicano Sanchez e buscando ajustar a distância para iniciar a trocação. Um gancho de esquerda entrou no rosto do mexicano, que sentiu o golpe mas conseguiu reagir com um soco desesperado. Na sequência, o brasileiro aplicou um direto que derrubou Sanchez. O mexicano suportou o novo castigo aplicado por Bertazini e travou a luta no chão, tentando se recuperar. Praticamente só recebendo golpes durante o round, Sanchez tentou resistir até o intervalo, o que aconteceu. O panorama no segundo round começou o mesmo: Bertazini atacando seguidamente Sanchez e encaixando uma kimura no chão. O mexicano tentou resistir o quanto foi possível, mas acabou batendo e desistindo do combate.
Davi Tatá venceu Alberto Pantoja por finalização aos 3m15s do segundo round
O primeiro round começou com Tatá buscando os chutes, mantendo Pantoja longe. Com muita disposição, Tatá decidiu encurtar a distância e buscou dominar o pescoço de Pantoja, que conseguiu a derrubada ficando por cima. De volta à luta em pé, Tatá aplicou algumas joelhadas na coxa de Pantoja, que conseguiu esgrimar na grade e reverteu o domínio. Novamente no centro da Arena Jungle, os lutadores buscavam a trocação, e Pantoja tentou uma joelhada voadora que ficou na guarda de Tatá. No segundo round a trocação continuiou aberta, com vantagem inicial para Pantoja, que conectou bons golpes antes de ser levado para o chão por Tatá. Na luta de solo, Tatá encaixou uma kimura, defendida por Pantoja, que ficou em posição desfavorável e passou a ser golpeado duramente próximo à grade. Ao perceber a oportunidade, Tatá aplicou a guilhotina no chão e finalizou a luta com categoria.
Patrick Silva venceu Elton "Viper" Aquino por finalização aos 3m45s do segundo round
A luta começou muito movimentada, com ambos os lutadores agredindo-se e buscando golpes que finalizassem a luta. Com uma derrubada para cada lutador, o combate era franco. Eficientes no ataque, e nem tanto na defesa, tanto Elton Viper quanto Patrick Silva buscavam o nocaute. Após sofrer dois golpes fortes e ficar por baixo no chão, Patrick Silva levantou-se e derrubou Elton Viper, ficando por cima e tentando a chave de braço, sem sucesso. De volta à luta em pé, os dois seguiram se agredindo até o intervalo. No segundo round Viper começou derrubando Patrick Silva logo no início, mas Silva se recuperou e passou a dominar o combate. Enquanto a luta se desenrolava no chão, Viper foi advertido pelo árbitro Douglas Aires com um cartão amarelo, e ao voltar a lutar em pé, aparentou cansaço. Patrick Silva se aproveitou e levou a luta novamente para o chão, pegando as costas de Viper e aplicando um mata-leão para conquistar a vitória.
Ismael “Marreta” venceu Denis "Alagoas" por nocaute técnico aos 2m42s do terceiro round
Ismael Marreta começou o combate aplicando combinações de chutes e jabs, enquanto Denis Alagoas se movimentava para evitar ser um alvo fixo. Usando muito os chutes, Marreta conseguiu acertar o rosto de Alagoas, que levou o combate para o solo, mas não manteve o rival no chão. Mais preciso também nos socos, Marreta conseguia castigar o adversário sem ser muito atingido. Em desvantagem na trocação, Alagoas conseguiu derrubar o rival e levar a luta para o chão, não conseguindo ficar muito tempo por cima. Novamente em pé, Ismael Marreta aplicou mais alguns golpes antes do fim do round. No segundo período, Marreta agredia Denis Alagoas seguidamente, com chutes e joelhadas. Sentindo o castigo, Alagoas apenas se defendia e já não continha os golpes do adversário, que dominava o combate. Aparentando mais cansaço, Marreta administrava o ritmo, e Alagoas aproveitou para derrubá-lo, ficando por cima, mas sem nenhuma efetividade. No terceiro round, após troca de socos, Marreta acertou um forte chute na cabeça de Alagoas, que abriu um ferimento que passou a sangrar abundantemente no supercílio direito. A luta foi parada para que o atleta fosse atendido, mas o médico atestou que o lutador não tinha condições de prosseguir no combate, decretando o nocaute técnico por decisão médica.
Guilherme "Kyoto" venceu João Picirillo por decisão unânime

A luta começou com os atletas travando o combate na grade no primeiro round, mas aos poucos foi ficando mais movimentada, principalmente da parte de Kyoto, que aplicava socos no rosto e chutes baixos que acertavam com força as pernas de João Picirillo. Com maior envergadura, Picirillo tentava manter o rival à distância, mas não conseguia. No segundo round, mais solto no combate, Picirillo passou a agredir Kyoto, que reagiu e conectou três socos fortes no rosto do adversário, que sentiu e amarrou a luta para ganhar tempo e se recuperar. A luta foi para o chão, e Kyoto conseguiu acertar bons socos andes dos dois voltarem a trabalhar em pé. No terceiro e último round Kyoto reclamou de ter recebido um dedo no olho e foi atendido pelo médico. Na volta, o lutador acertou um belo golpe em Picirillo e levou a luta para o chão. Montado e com a guarda passada, Kyoto atacou até a luta ser colocada para cima novamente. Mais agressivo, Kyoto conectava melhor os golpes e, nos contra-golpes, acertava Picirillo com mais eficiência, consolidando a vitória por unanimidade.

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