segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

PM-SC divulga nota sobre confusão na Arena e confronta posição do MP

Comunicado afirma que Corporação atende à uma Ação Civil Pública para não
designar agentes de segurança para eventos privados, como jogos de futebol

Por Joinville
17 comentários
confusão torcida Atlético-PR e Vasco jogo (Foto: Gustavo Rotstein)Polícia Militar não estava dentro do estádio na hora da briga (Foto: Gustavo Rotstein)
Em nota oficial à imprensa na noite deste domingo, a Polícia Militar de Santa Catarina confrontou a nota emitida pelo Ministério Público do estado, que nega ter feito recomendação para impedir o policiamento em estádios. Um trecho, inclusive, cita que a Corporação, atendendo à uma Ação Civil Pública, não compôs a chamada barreira que divide os torcedores. Segundo a nota, é proposta pelo MP a ilegalidade da destinação de agentes públicos para 'proteção do trio de arbitragens e instalações, por exemplo'.

Ainda no domingo, o MP-SC colocou em seu site oficial um comunicado negando qualquer tipo de recomendação desta natureza. Segundo a nota, o Ministério não teria feito nenhuma recomendação ou ação que impedisse a Polícia Militar de atuar dentro do Estádio Arena Joinville.

Apesar de justificar o ato, a Polícia Militar afirma ter destinado 113 policiais para compor as 'equipes de policiamento ostensivo  pé, de trânsito, montado, de resgate médico, de motocicletas e aéreo'. Isto sem falar que aproximadamente '180 policiais militares foram empregados para dar continuidade ao jogo entre Atlético-PR e Vasco' após confusão.

A nota cita também que as 'Guarnições de Policiamento Tático foram reforçadas por um efetivo de cidades vizinhas pronto para atuar em caso de conflito'.
Confira a íntegra do comunicado da PM

A Polícia Militar de Santa Catarina informa que aproximadamente 180 policiais militares foram empregados para dar continuidade ao jogo entre Atlético-PR e Vasco, neste domingo, Arena Joinville, no Norte do Estado, após briga entre torcedores dos dois times. Conforme o Coronel Nazareno Marcineiro, Comandante Geral da PMSC, a Corporação esteve presente na parte externa do estádio durante o evento, atendendo à uma Ação Civil Pública, por parte do Ministério Público, que propôs que o Poder Judiciário proíba a participação de policiais militares em atividades que fujam da competência constitucional da Corporação. Segundo o Ministério Público, é ilegal a destinação de agentes públicos para a proteção do trio de arbitragem e de bens e instalações, por exemplo. 
Outra atividade tida expressamente como ilegal vem a ser justamente a destinação de policiais militares para compor a chamada barreira que divide os torcedores. O Ministério Público entende que essa atividade é da competência dos organizadores do evento, portanto de cunho privado. Ou seja, tais barreiras ou podem ser físicas (alambrados etc) ou mesmo executada por seguranças contratados. Nunca por policiais militares.
Ainda sobre os atos de violência no jogo, a Polícia Militar de Santa Catarina informa que, para a segurança do evento, foram destinados 113 policiais militares que compunham equipes de policiamento ostensivo a pé, de trânsito, montado, de resgate médico, motocicletas e aéreo. 
Dentre esses policiais militares, encontrava-se um efetivo composto pelas Guarnições de Policiamento Tático, inclusive com reforço de cidades vizinhas, pronto para atuar em caso de conflito. Essa atuação deu-se justamente quando começaram os atos de violência entre os torcedores. A Polícia agiu rapidamente para evitar mais danos, inclusive com o resgate aéreo de feridos. A Corporação também informa que torcedores foram detidos.

Veja a íntegra da nota do Ministério Público de SC

O Ministério Público de Santa Catarina informa que não fez nenhuma Recomendação ou Ação que impeça a Polícia Militar de atuar no interior do estádio Arena em Joinville

confusão torcida Atlético-PR e Vasco jogo (Foto: Reuters)Confusão deixou ao menos quatro feridos e três pessoas foram detidas (Foto: Reuters)

Nenhum comentário:

Postar um comentário